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Nova onda de conflitos ameaça atrasar obras de ampliação em Las Bambas

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Nova onda de conflitos ameaça atrasar obras de ampliação em Las Bambas

A mineradora peruana Las Bambas, controlada pela chinesa MMG, enfrenta uma nova onda de conflitos sociais na região de Apurímac devido à oposição à construção de Chalcobamba, uma nova mina de cobre de US$ 130 milhões.

Nos últimos dias, movimentos sociais peruanos denunciaram a repressão policial após manifestações contra Las Bambas baseadas em alegações de contaminação de fontes de água e detonações irregulares.

A comunidade camponesa de Huancuire, que abandonou a área onde está sendo construída Chalcobamba após assinar um acordo com a empresa, denuncia que foram realizadas obras não autorizadas perto do desfiladeiro de Pichaqani e que as detonações estão gerando efeitos não contemplados no estudo de impacto ambiental aprovado. Em resposta, decidiu-se convocar uma paralisação.

“A fiscalizadora ambiental de Abancay ordenou um processo preliminar contra Las Bambas pelo suposto crime de contaminação ambiental”, afirmou a comunidade em comunicado. “Exigimos o respeito de continuar usando as pastagens da área de Chalcobamba para alimentação de nossos animais, bem como o trânsito pelas trilhas que atravessam o projeto”.

CHALCOBAMBA

Com a construção de Chalcobamba, a Las Bambas espera aumentar a produção de cobre para 350 mil a 400 mil toneladas por ano. A projeção para 2024 varia entre 280 mil e 320 mil toneladas, segundo a MMG.

Embora a conclusão das obras da cava estivesse prevista para julho ou agosto deste ano, executivos da empresa indicaram que o pleno funcionamento está previsto para o final de 2024. Contudo, em tal planejamento houve negociações com empresas comunais que serão responsáveis pelos trabalhos preliminares, embora o acordo de longo prazo (licença social) permaneça pendente, mesmo com todas as licenças.

Agora, com a greve e as denúncias de abusos policiais, novos atrasos devem ocorrer até que se encontre uma solução para as denúncias de poluição ambiental e para os protestos.

“Exigimos a desmobilização de todas as forças policiais localizadas no projeto Las Bambas, sob risco de serem politicamente responsáveis pelo impacto na vida e integridade dos membros da comunidade”, afirmam as lideranças de Hauncuire no comunicado.

Segundo o jornalista local Paolo Benza, a empresa possui um acordo com a Polícia Nacional Peruana para proteger suas operações.

Onze pessoas ficaram feridas no último confronto entre moradores e agentes policiais. O governo peruano prorrogou mais uma vez o Estado de Emergência, visando controlar os conflitos entre a mineradora e as comunidades, estratégia que não tem sido eficaz devido à recorrência dos problemas.

RESPOSTA

Consultada pela BNamericas, a empresa indicou que os confrontos ocorreram entre policiais e garimpeiros ilegais da comunidade de Pumamarca, que atua próximo à cava de Ferrobamba, principal jazida de Las Bambas. A empresa garante que extrai cobre ilegalmente.

“Os ataques dos garimpeiros ilegais são uma resposta à operação de interdição da mineração ilegal realizada no dia 30 de maio pela Polícia Nacional e pelo Ministério Público na área de Sallahui, de propriedade de Las Bambas, na qual foram apreendidos explosivos e equipamentos e descoberto um sumidouro de 250 metros lineares”, declarou a empresa.

As operações de Las Bambas não foram interrompidas por enquanto, mas “a escalada de violência que ameaça a sua continuidade é preocupante”.

Quanto às acusações de contaminação ambiental, a Las Bambas garante que não receberam notificações do Órgão de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA).

“Caso receba tal notificação, Las Bambas compromete-se a apresentar prontamente as defesas correspondentes e a colaborar plenamente com as autoridades para esclarecer quaisquer dúvidas”, concluiu a empresa.


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