Novas cotas de bioetanol da Argentina podem saturar a demanda
As cotas argentinas de fornecimento de bioetanol poderão superar a demanda nos próximos anos.
A Secretaria de Energia do governo cessante concedeu recentemente 413,1 mil m³/ano de novas cotas de fornecimento de bioetanol para a mistura com gasolina, conhecida como E12. Estas irão aumentar os 1,12 MMm³/a (milhões de metros cúbicos por ano) existentes.
As novas instalações ou expansões de plantas que produzirão o etanol adicional deverão entrar em serviço em 2026 e poderão exigir investimentos de cerca de US$ 500 milhões com base nas taxas de câmbio atuais.
Contudo, em 2026, a cota anual total de E12 de 1,53 MMm³ superará a demanda projetada das refinarias de 1,18 MMm³, disse à BNamericas o consultor local de bioenergia e transporte ferroviário Claudio Molina. Também se projeta um descompasso para 2024 a 2025.
“Eles concederam mais cotas do que a demanda”, afirmou Molina, acrescentando que o processo carecia de transparência e teria implicações futuras. “Vão ter que arbitrar um processo para que, de forma proporcional, cada um venda menos do que a cota que tem, porque não há demanda suficiente”.
Por lei, 12% da mistura final de gasolina deve ser etanol de milho ou cana-de-açúcar.
O ministro cessante da Economia e antigo candidato presidencial, Sergio Massa, planejava aumentar a proporção para 15%, o que teria absorvido a produção adicional. O aumento foi contestado por refinarias e fabricantes de automóveis, com estes últimos citando os desafios de calibração do motor associados à mudança da mistura. Massa chegou a prometer um aumento para 25% se vencesse a presidência.
Há uma chance, no entanto, de que o governo cessante aumente a proporção para 15% esta semana, apurou a BNamericas. O presidente eleito, Javier Milei, deve tomar posse no domingo.
Para cumprir as suas metas de 12%, as refinarias devem comprar E12 aos produtores com cotas atribuídas. Quando alguns produtores não conseguem fornecer todo o etanol permitido pelas suas cotas E12 – como durante os anos de seca – as autoridades atribuem cotas adicionais em uma base provisória e eventualmente a outras empresas, visando compensar o déficit.
Estas empresas que ajudam a aumentar a oferta, algumas delas investindo em infraestruturas industriai, não puderam participar no recente concurso. “Isso é injusto, [pois] confiaram no país, investiram”, disse Molina.
A solicitação original era de 250 mil m³/ano em nova oferta. A Secretaria de Energia elevou a meta para 400 mil m³/ano, alegando que o aumento era necessário.
A produção de bioetanol em agosto caiu 6,2% no interanual, atingindo 88,3 mil toneladas (110.807 m³), de acordo com dados do think tank de energia do Instituto General Mosconi. As vendas de bioetanol no mês foram de 80 mil toneladas, um aumento de 3,9%.
Em termos de gasolina (todas as qualidades), foram vendidos 27,3 mil m³/d em setembro, queda de 0,1%.
PROJETOS
A secretaria concedeu a três empresas um total de 255,8 mil m³/a em novas cotas e, a quatro empresas, um total de 157,3 mil m³/a em cotas adicionais, totalizando 413,1 mil m³/a.
Para construir os seus projetos, as empresas de biocombustíveis contam com fontes de financiamento internas e externas, com estratégias que incluem o reinvestimento dos lucros e a procura de empréstimos bancários.
Normalmente, cerca de 30% das despesas correspondem a bens e serviços importados.
NOVAS COTAS CONCEDIDAS PROVISORIAMENTE
Biosanfe
135.000 m³/a
Kalpa
10.800 m³/a
Grancor
110.000 m³/a
AUMENTOS DE COTA CONCEDIDOS PROVISORIAMENTE
Bioetanol Rio Cuarto
Cota adicional: 53.300 m³/a
Cota total: 135.000 m³/a
Bioenergías Agropecuárias
Cota adicional: 30.000 m³/a
Cota total: 60.000 m³/a
Bio San Isidro
Cota adicional: 30.000 m³/a
Cota total: 36.000 m³/a
Companhia Azucarera Los Balcanes
Cota adicional: 44.000 m³/a
Cota total: 150.500 m³/a
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