O impacto do furacão Fiona nas TIC em Porto Rico

As operadoras de telecomunicações em Porto Rico enfrentaram dificuldades e interrupções de rede após o furacão Fiona atingir a ilha, enquanto 24,4% das estações de celular na área afetada estão fora de serviço, segundo o regulador de comunicações dos EUA, FCC.

Há cinco anos, depois que o furacão María passou pela ilha, o impacto no serviço chegou a 95%.

Enquanto isso, as empresas de cabo e telefone fixo relataram 650.185 assinantes sem serviço na sexta-feira (23), abaixo dos mais de 700 mil relatados no dia anterior.

Como parte do plano de contingência, as operadoras móveis costumam usar instalações temporárias, acordos de roaming ou geradores elétricos para manter o serviço ativo. A Liberty Latin America e a T-Mobile, por exemplo, anunciaram um acordo de compartilhamento de sinal para garantir conectividade.

“As poucas (células) que não estão ligadas são por não poder colocar um gerador na área, danos no gerador ou cortes de fibra causados por deslizamentos de terra, queda de árvores e detritos causados pelo furacão Fiona”, disse o gerente geral da Liberty Communications, Naji Khoury, à imprensa local.

Segundo as empresas Claro e Liberty, cerca de 90% da rede geral está operando normalmente. No caso do serviço de internet da Claro, os usuários conectados chegam a 75%.

A falta de energia é uma das principais causas da queda nos serviços de telecomunicações. Os legisladores consideram necessário fazer ajustes na regulamentação para facilitar ainda mais o uso dos geradores, o que foi útil após a passagem do furacão Maria.

Há cinco anos, as operadoras chegaram a acordos para dividir os custos dos geradores e obter o fornecimento de gasolina e peças para manter as torres funcionando.