Oi fatura US$ 190 milhões após conclusão da venda de torres para a Highline

A operadora brasileira Oi faturou R$ 905 milhões (US$ 190 milhões) com a venda de 8.000 torres relacionadas à sua operação fixa para a Highline, host neutro e empresa de infraestrutura de telecomunicações.

O pagamento foi confirmado após a operação ter sido liberada pela Justiça. A medida foi anunciada pela primeira vez em agosto de 2022 como parte da primeira recuperação judicial da Oi. Em março, a Oi entrou com um segundo pedido de proteção judicial, apenas três meses depois de sair de um processo semelhante que durou seis anos.

“A alienação à NK 108 [subsidiária da Highline] foi autorizada pelo Juízo da primeira recuperação judicial e concluída em conformidade com a Lei 11.101/05 e com o respectivo Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial homologado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 5 de outubro de 2020”, disse a Oi em um comunicado ao mercado.

A Highline, subsidiária de torres de telecomunicações da DigitalBridge, foi a única licitante no processo de venda dessas 8.000 torres. A IHS Towers e a American Tower Corporation, que, segundo informações, teriam interesse nos ativos, não apresentaram propostas.

“A conclusão da operação representa a implementação de mais uma etapa do seu processo de reestruturação, visando assegurar à companhia maior eficiência financeira e sustentabilidade de longo prazo, com foco na execução de seu core, visando o aumento das receitas com a expansão dos serviços através da fibra ótica e no mercado corporativo, oferecendo soluções inovadoras de TI por meio da Oi Soluções”, declarou a Oi.

Em novembro de 2020, a Highline já tinha pago R$ 1,06 bilhão por outras 637 torres de telefonia móvel e 222 pontos de infraestrutura passiva de propriedade da Oi, instalados em shoppings, hotéis e outras localidades.

A DigitalBridge prevê cerca de US$ 1 bilhão em investimentos para expandir seus negócios na América Latina em 2023, que incluem datacenters, fibra ótica e torres de telecomunicações. Esse número representa 13% dos US$ 7,6 bilhões da chamada “linha de capital de crescimento” destinada às operações globais neste ano.