Oi vende torres e imóveis para a American Tower

A endividada empresa de telecomunicações brasileira Oi fechou um acordo no valor de R$ 41 milhões (US$ 7,2 milhões) para vender torres e imóveis para a American Tower, de acordo com um documento enviado pela operadora à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O número de torres e imóveis envolvidos na transação não foi divulgado.

No documento, a Oi informou que o contrato com a American Tower prevê a venda e transferência de 100% das ações de uma sociedade de propósito específico (SPE) imobiliária.

A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 17 de setembro, segundo a operadora, mas ainda está sujeita ao cumprimento de determinadas condições.

Entre elas está a adaptação dos contratos de concessão de telefonia fixa da Oi para autorização em regime privado, que deve liberar recursos para a empresa. Uma reunião para discutir a adaptação da concessão da Oi será realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 25 de outubro.

Caso a adaptação não ocorra na data estipulada, o contrato com a American Tower ainda poderá ser validado por meio de um pedido de anuência prévia da Anatel, disse a Oi.

A American Tower planejou investir mais de US$ 150 milhões na América Latina este ano. No Brasil, seu maior mercado latino-americano, a empresa é líder e operava 22.670 torres até o final de junho.

Não é a primeira vez que a Oi vende torres.

Em agosto de 2022, como parte do primeiro processo de recuperação judicial da operadora, a Highline, subsidiária de torres de telecomunicações da DigitalBridge, foi a vencedora de uma licitação para venda de 8.000 torres relacionadas à operação fixa da operadora, concordando em pagar R$ 1,7 bilhão.

A IHS Towers e a American Tower, que teriam interesse nas torres, não apresentaram propostas.

Em novembro de 2020, a Highline pagou R$ 1,06 bilhão por 637 torres de telefonia móvel e 222 pontos de infraestrutura passiva, instalados em shoppings, hotéis e outros locais, pertencentes à Oi.