Os licitantes do leilão de interconexão de nuvem pública da Petrobras

Cinco empresas apresentaram propostas para uma licitação lançada pela Petrobras, que visa a interconexão de seus dados com as localizações das nuvens públicas AWS e Microsoft Azure.

A licitação foi dividida em vários lotes e todas as propostas, que foram abertas no início deste mês, estão sendo analisadas pela Petrobras.

Para o primeiro lote, 12 empresas se inscreveram, das quais quatro apresentaram propostas: Equinix, Cirion, Telefônica Brasil e Claro.

Este lote envolve serviços de interconexão entre o datacenter da Petrobras e as localizações das nuvens públicas AWS e Azure no Rio de Janeiro.

A Cirion apresentou o lance mais baixo, de R$ 1,22 milhão (US$ 216 mil), enquanto a Equinix fez a proposta mais alta, de R$ 2,59 milhões. Claro e Telefônica ofereceram R$ 2,29 milhões e R$ 1,60 milhão, respectivamente.

Para o segundo lote, cinco das 12 empresas inscritas apresentaram ofertas: Equinix, Cirion, Telefônica Brasil, Claro e Internexa Brasil.

O segundo lote consiste em serviços de interconexão entre as instalações da Petrobras no datacenter SP3 da Equinix e as localizações de nuvens públicas AWS e Azure em São Paulo.

A Equinix ofereceu R$ 321.322, seguida pela Telefônica (R$ 558.928), Claro (R$ 794.744 ), Cirion (R$ 800.280) e Internexa (R$ 875.556).

Equinix, Cirion, Telefônica Brasil e Claro foram novamente as licitantes no chamado lote virtual.

Este lote foi criado para a Petrobras como uma alternativa para integrar as propostas dos dois primeiros lotes, caso os licitantes assim desejassem.

A Cirion ofereceu R$ 1,67 milhão, o lance mais baixo. Claro, Equinix e Telefônica ofereceram R$ 3 milhões, R$ 2,91 milhões e R$ 2,16 milhões, respectivamente.

A mesma licitação também incluiu três outros lotes relacionados ao suporte de TI para os trabalhos em nuvem pública. Equinix, Claro, Cirion, Telefônica e Internexa apresentaram propostas para esses lotes.

DESAFIO

A Claro entrou com pedido de impugnação ao processo de licitação, citando questões tributárias relacionadas aos serviços requeridos.

De acordo com a operadora, o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS)  é de incidência obrigatória no serviço de comunicação e deve incidir sobre alguns dos principais itens da licitação.

No entanto, a empresa alegou que “algumas licitantes, ao elaborar sua proposta comercial, de forma ilegal apresentam preços tributados com ISS (Imposto Sobre Serviços), cuja alíquota é menor e permite a apresentação de propostas de menor valor econômico ante aquelas licitantes que se revestem de legalidade". 

Após uma análise interna, o pedido da Claro foi rejeitado pela comissão de licitação da Petrobras, que confirmou os resultados preliminares da licitação.