
Pemex adia início das operações de Olmeca para depois de 2023
O plano quinquenal de negócios atualizado da gigante estatal mexicana de petróleo e gás Pemex confirma que a data para o início das operações plenas da refinaria Olmeca, avaliada em US$ 12 bilhões a US$ 16 bilhões, foi alterada.
Antes, as autoridades insistiam que a refinaria começaria a operar ainda este ano, atingindo a capacidade total de refino de 340.000 b/d em algum momento do ano que vem. Os especialistas, no entanto, sempre duvidaram desse cronograma, e alguns até afirmaram que o processamento não começaria antes de 2024.
Agora, a Pemex também não espera um aumento significativo na capacidade de refino de óleo cru até 2024, de acordo com seu plano de negócios de 2023-27.
A empresa espera processar uma média de 995.000 b/d no próximo ano, em comparação com o rendimento médio de 808.000 b/d entre janeiro e setembro. A expectativa é que a produção cresça, em parte, devido aos esforços para aumentar o uso das refinarias existentes, que subiu de 43% para 49% entre 2021 e os três primeiros trimestres de 2022.
Um grande salto de capacidade é esperado para 2024, para 1,34 milhão de barris por dia, ou 35% em um ano. Além disso, mais 48.000 b/d de capacidade de refino entrariam em operação em 2025, quando Olmeca atingisse a produção total. Depois disso, a capacidade de refino nacional se estabilizaria até 2027.
A secretária de Energia, Rocío Nahle, disse no início deste mês que o plano era que Olmeca começasse a processar petróleo no início de 2023 e que a produção poderia aumentar ao longo do ano.
A previsão original era que a refinaria estivesse totalmente operacional dentro de quatro anos, a partir de 2018. Ela foi inaugurada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador em junho, embora os especialistas digam que está longe de ser concluída.
Pipeline de refino
Segundo a Pemex, Olmeca recebeu os equipamentos mais importantes e a instalação já foi iniciada. Enquanto isso, a planta de cogeração associada e o sistema de água estão sendo construídos. A sala de controle está “praticamente pronta”, afirmou a Pemex. O acesso à doca e a estrada principal foram concluídos.
O conselho da empresa também aprovou a verba de US$ 853 milhões para custear o início das operações.
Enquanto isso, a Pemex planejava concluir a refinaria de Tula, no estado de Hidalgo, em 2024. O trabalho começou em 2013 para reduzir a produção de bunker e aumentar a geração de gasolina e diesel.
Obras semelhantes também foram iniciadas na refinaria Salina Cruz, no estado de Oaxaca, este ano. A reforma deve terminar em 2025.
A Pemex também está construindo quatro usinas de cogeração em suas refinarias de Salina Cruz, Tula, Cadereyta (Nuevo León) e Madero (Tamaulipas), além de uma em seu complexo petroquímico La Cangrejera, em Coatzalcoalcos. Espera-se que essas unidades entrem em operação em 2025.
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