Peru planeja projetos de infraestrutura para complementar megaporto de Chancay

O megaporto de Chancay, no Peru, um projeto de US$ 3,6 bilhões para a zona norte de Lima, gerou grandes expectativas graças ao seu potencial impacto para os setores público e privado.

Como resultado, o governo identificou iniciativas que tentará promover em médio prazo para complementar o projeto.

A primeira fase do porto, cujo custo chega a US$ 1,3 bilhão, será entregue em novembro e registra um avanço geral de 74%.

O Ministério de Transportes e Comunicações (MTC) identificou seis projetos – quatro rodovias, um trem e um porto próximo –, avaliados em cerca de US$ 353 milhões, que espera realizar nos próximos anos.

A BNamericas analisa as iniciativas propostas.

O reforço das conexões rodoviárias entre Lima e Chancay – incluindo o Aeroporto Jorge Chávez, na capital –, a 65 km de distância, será uma prioridade no curto prazo.

O ministério informou recentemente que tentará promover três obras no entorno da rodovia Pan-Americana Norte, totalizando US$ 300 milhões: um viaduto de acesso a Chancay, o desvio Chancay-Chancayllo e novas faixas na rodovia Pasamayo.

Além dessas iniciativas, há outro projeto para descongestionar o tráfego da capital peruana e que se conectará ao porto de Callao: a melhoria da avenida Néstor Gambeta-Callao. No início de fevereiro, o titular do MTC, Raúl Pérez Reyes, anunciou que a via de quase 26 km, que atravessa os municípios de Callao, Ventanilla e Puente Piedra, também será uma prioridade em curto prazo, mas ainda não tem um custo estimado.

No que diz respeito à infraestrutura portuária, outro projeto importante e priorizado dentro do Plano Nacional de Infraestrutura Sustentável para a Competitividade (PNISC), é a construção do Anteporto de Callao, uma obra planejada que segue sem execução.

Segundo o Ministério de Economia e Finanças (MEF), o projeto terá um custo de 163 milhões de soles (US 44 milhões), 20,8 ha de área e capacidade para receber até 729 veículos pesados. Segundo a empresa de comércio exterior ComexPerú, a construção deve durar seis meses e a licitação do projeto será lançada este mês.

Por último, e com um horizonte de construção de médio e longo prazo, o MTC também quer promover o desenvolvimento de um trem que ligará a capital a diversas províncias da região de Lima, como Huaral, Huaura e Barranca. No início de fevereiro, o ministério concedeu o contrato para a realização do estudo de pré-investimento da chamada Ferrovia Lima-Barranca ao consórcio Ferrocarril del Norte.

De acordo com o perfil inicial do projeto, o trecho terá 245 km de extensão, transportará passageiros e cargas e, segundo Pérez Reyes, as obras seriam concluídas em 2029. Embora ainda não haja capex estimado, o custo de pré-investimento – avaliação da conveniência de realizar um projeto de investimento público e verificar sua viabilidade – chega a 36,3 milhões de soles.