Petro descarta novas rodadas para licenciamento de E&P na Colômbia

O governo colombiano descartou a possibilidade de conceder novos contratos para exploração de petróleo e gás, uma vez que procura acelerar o desenvolvimento de energias renováveis.

Após o anúncio, os stakeholders da indústria já começaram a perder as esperanças de que o presidente Gustavo Petro pudesse rever a promessa de interromper as rodadas de licenciamento para áreas de exploração de combustíveis fósseis.

“A Colômbia decidiu não assinar mais contratos de exploração de carvão, petróleo e gás”, afirmou o presidente em um comunicado, durante sua participação na Conferência do Clima COP28, realizada em Dubai.

“Este é um debate intenso na Colômbia. Não significa que ficaremos sem petróleo ou carvão, uma vez que já existe carvão, petróleo e gás em exploração, assim como muitos contratos de exploração previamente assinados que permanecem em vigor”.

Os grupos da indústria do petróleo e do gás alertaram repetidamente a Petro que a sua decisão ameaça a segurança energética da Colômbia, ao mesmo tempo que limita a fonte mais importante de receitas de exportação.

Guillermo Acosta, CEO da Associação Colombiana de Engenheiros de Petróleo Acipet, disse à BNamericas, no início deste ano, que estava confiante de que o governo mudaria de ideia com base em “dados técnicos e informações de especialistas”.

Além de descartar a possibilidade de firmar novos contratos de exploração, o governo afirmou que a sua estratégia de investimento energético está agora centrada nas fontes renováveis, com particular enfoque na energia eólica offshore e no hidrogênio.

“Podemos potencialmente ser exportadores de energia limpa”, afirmou o comunicado, acrescentando que o departamento de La Guajira foi classificado como o segundo melhor local do mundo para projetos eólicos, depois do Chade.