Petro insiste em alterar projeto do metrô de Bogotá

O presidente colombiano Gustavo Petro insiste que a Linha 1 do metrô da capital tenha um desenho misto, com um trecho elevado e outro subterrâneo.

O projeto atual, avaliado em US$ 4,76 bilhões, considera somente uma linha elevada. O trecho subterrâneo deverá ligar a Carrera 13 e a Calle 72, no leste de Bogotá, e já conta com estudos. “É a melhor solução entre as possíveis, porque o melhor era que fosse um trecho totalmente subterrâneo, mas não podemos mais usar essa opção”, disse o presidente durante um evento da Sociedade Colombiana de Engenheiros (SCI).

“Em geral, um metrô elevado não é melhor que um metrô subterrâneo, nunca”, apontou Petro.

Os trabalhos serão realizados pelas empresas China Harbour Engineering e Xi'An Rail Transportation Group.

Petro afirmou que apresentará uma proposta através da SCI que contempla a relação custo-benefício do trecho subterrâneo e destacou que, de acordo com a legislação vigente, a entidade é a assessora técnica dos projetos em que o governo investe.

Durante a visita do presidente à China, no ano passado, o presidente chinês Xi Jinping disse que, se o governo e a prefeitura de Bogotá conseguirem chegar a um acordo, as modificações poderão ser feitas sem problemas jurídicos, contou Petro. Ele também comentou que acredita que haverá um acordo, já que o projeto terá uma melhor relação custo-benefício se o trecho subterrâneo for concluído.

Caso decida mudar a linha, o governo federal assumirá os riscos cambiais, que, segundo o contrato, deveriam ser assumidos pela capital. “Queremos mudar essas fórmulas financeiras, eliminando o risco para a cidade de Bogotá”, ressaltou Petro.

Segundo o presidente, até o momento foram realizadas obras complementares e há progressos no pátio das oficinas, mas não na parte de construção, por isso, se as alterações forem aprovadas, não haverá prejuízo.

Em outro evento, o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, disse que a fase de pré-construção da Linha 1 apresenta um avanço de 31%, que inclui a aquisição de terrenos e a transferência de redes, entre outros componentes.

Galán acrescentou que os trens do metrô chegarão no ano que vem e os testes começarão em 2026, para entrada em operação comercial em 2028.