Planos para usina de dessalinização avaliada em US$ 170 mi podem ser retomados no Chile

Uma proposta do setor privado para construir uma usina de dessalinização de água de US$ 170 milhões na região chilena de O'Higgins, por meio do sistema de concessões – retirada no ano passado pela GS Inima –, pode ser reativada por outro proponente, de acordo com José Antonio Ramirez, diretor-geral da empresa local CKC Infraestructura.

“A vantagem deste projeto é que ele pode ser retomado de onde parou, porque foi declarado de interesse público. Portanto, pode ser assumido por qualquer investidor com a capacidade orçamentária necessária”, disse Ramírez à BNamericas durante o congresso Desalination Latin America 2025, organizado pela Vostock Capital em Santiago.

A CKC apresentou originalmente a proposta ao Ministério de Obras Públicas do Chile (MOP) em 2020 por meio do sistema de iniciativas privadas, mas transferiu posteriormente os direitos para a GS Inima em 2022. No mesmo ano, o MOP declarou que o projeto era de interesse público.

Entretanto, a GS Inima retirou a proposta, na qual a CKC estava envolvida em uma função de consultoria, alegando razões comerciais. Apesar disso, Ramírez argumentou que a usina continua sendo necessária para a região de O'Higgins.

O projeto envolveria uma planta de osmose reversa com capacidade de 1.200 l/s (litros por segundo) para fornecer água à capital regional, Rancagua.

Enquanto isso, a MOP está atualmente licitando uma concessão de US$ 350 milhões para uma usina de dessalinização na região de Coquimbo, que tem sido atingida pela seca. Trata-se da primeira vez que esse mecanismo está sendo usado para uma instalação de osmose reversa.