Players do mercado otimistas com oportunidades em infraestrutura e TIC
Apesar de uma desaceleração nos fechamentos de negócio este ano, em meio a contextos macroeconômicos e políticos mais desafiadores, os players de fusões e aquisições (M&A) permanecem positivos em relação à América Latina, conforme explicou à BNamericas Felipe Junqueira, líder regional de fusões e aquisições e soluções de transações da empresa britânica de avaliação de risco Aon.
O cenário transacional, embora exija cautela em 2022, oferece oportunidades em setores em vias de consolidação, como concessionárias, software e até infraestrutura de telecomunicações.
Espera-se que as condições melhorem em 2023, após a conclusão dos processos eleitorais e com maior clareza sobre as macropolíticas em mercados-chave como o Brasil.
“A gente fez um boost na região recentemente. De forma estruturada, desde o ano passado passamos a atuar na região, com presença local, times dedicados e sub-regiões, mas na região há décadas atuamos via times globais”, disse Junqueira.
Na América Latina, a empresa – uma das maiores provedoras globais de gestão de risco – prestou consultoria em 50 a 100 transações anuais nos últimos anos, segundo Junqueira. Esta variação se deve às flutuações do mercado e a uma operação regional anteriormente menos focada.
As operações da Aon na América Latina estão agora divididas nas sub-regiões do Brasil, Cone Sul (principalmente Argentina e Chile), região andina, México, América Central e Caribe.
Cada sub-região tem um líder e equipes específicas dedicadas a cada especialização transacional, como aquisições, negócios de capital privado e alocações de capital de risco, explicou Junqueira.
Em todo o mundo, a força de trabalho da Aon ultrapassa 50 mil profissionais. Desse total, 400 são dedicados à negociação de M&A. Na América Latina, a equipe de M&A é composta por 10 pessoas, segundo o executivo.
“Temos visto uma demanda muito grande para os nossos negócios, falando em risco, nos setores de infra, natural resources, power, incluindo oil & gas num primeiro lugar, seguido de indústrias no geral, incluindo saúde, e finalmente tecnologia e serviços financeiros”, disse Junqueira.
Embora não seja especializada nos pioneiros das negociações, tecnologia e o setor financeiro são os mais ativos no portfólio da empresa, segundo ele.
“Quando a gente fala de tecnologia e setor financeiro, estamos falando de um risco menos palpável e físico. Isto demanda especialização para analisar os riscos. Já em utilities, o desafio está nos setores que são mais regulados, como energia (óleo e gás) e água.”
Ele acrescentou que “outras duas linhas de atuação que temos trazido para a América Latina, diante das demandas que temos visto no mercado, referem-se a propriedade intelectual e risco cibernético”.
A empresa também leva em consideração a crescente volatilidade do mercado global,além do surgimento e colapso acelerados de modelos de negócios que oferecem oportunidades para avaliação de risco, apoiando a tomada de decisões corporativas complexas.
DESACELERAÇÃO
Por enquanto, as negociações continuam em declínio.
Com um cenário mais adverso ao risco e eleições se aproximando, o Brasil – maior mercado para negociações da América Latina – registrou 1.699 transações interanuais em setembro, com queda de 10,7% em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com os dados mais recentes da Transactional Track Record (TTR).
O estudo – realizado em parceria com a Aon – inclui capital de risco, investimentos de capital, aquisições de ativos e fusões e aquisições.
Do total de transações, 47% envolveram valores divulgados e 77% já foram concluídos.
Considerando aquelas com valores divulgados, o valor total agregado entre janeiro e setembro foi de R$ 234 bilhões (US$ 44,5 bi), queda de 42% em relação ao ano anterior.
No terceiro trimestre, a TTR e a Aon mapearam 505 transações no país, número inferior às 801 do terceiro trimestre de 2021, o quarto trimestre consecutivo de quedas.
O setor de internet, software e serviços de TI continua sendo o mais ativo, com 347 transações no terceiro trimestre, mas uma queda de 26% em relação ao ano anterior. Em seguida vem o setor de softwares específicos, com 247 transações.
O negócio de destaque da TTR no trimestre foi a conclusão da aquisição, por US$ 1,02 bilhão, do grupo de cimento LafargeHolcim Brasil pela rival CSN Cimentos.
Os escritórios de advocacia Pinheiro Guimarães, Barbosa Müssnich Aragão e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados prestaram assessoria jurídica.
A assessoria financeira ficou por conta de Itaú BBA e BNP Paribas.
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