Porto de Santos espera rede privada 5G totalmente operacional até 2028

O porto de Santos, o mais movimentado da América do Sul, fechou um acordo para desenvolver uma rede 5G privada em seu complexo em 36 meses, revelou a Autoridade Portuária de Santos (APS) em comunicado.

O acordo foi formalizado em 27 de janeiro com a Itaipu Parquetec (PTI), entidade vinculada à hidrelétrica Itaipu Binacional – de 14 GW, compartilhada com o Paraguai – e ocorre quase três anos após a autoridade portuária anunciar planos para uma rede 5G dedicada.

Em agosto de 2022, a BNamericas revelou que a APS estava em negociações com três consultorias para desenvolver a rede e ser a integradora do projeto. As três empresas eram consultorias focadas em telecomunicações: CelPlan Brasil, Lynce Consultoria e Brain Innovation.

Os planos na época eram protocolar, até o final do ano, uma licença denominada serviço privado limitado (SLP) junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Agora, o porto diz que o projeto avançará nos próximos três anos de forma gradual.

O PTI é um ecossistema de inovação pertencente a Itaipu, no Paraná, que reúne instituições de ensino, empresas e órgãos governamentais. A APS não deu detalhes sobre como essa parceria funcionará. A BNamericas apurou que a PTI atuará como uma espécie de consultora para o projeto de rede privada do porto com base em sua própria experiência.

O parque já conta com uma rede 5G instalada, com infraestrutura móvel fornecida pela Nokia.

O projeto foi resultado de um acordo entre Nokia, PTI, Itaipu Binacional e ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) que visa oferecer infraestrutura de telecomunicações para o desenvolvimento de aplicativos, produtos e dispositivos na indústria 4.0.

Junto com a TIM, a Nokia também implantou uma rede 5G privada para o Brasil Terminal Portuário (BTP), um dos maiores terminais do porto de Santos.

ESTÁGIOS

No porto de Santos, a previsão é que a implantação comece em áreas como o posto de fiscalização naval, a sede da autoridade portuária e a área do Valongo, onde o porto está localizado.

Durante a implementação da rede, a APS informou que planeja conduzir provas de conceito para validar aplicações como câmeras e drones subaquáticos, drones de vigilância aérea, sistemas automatizados de controle de acesso e equipamentos de monitoramento para segurança de perímetro.