Previsões apontam para menos inflação e dólar mais caro no México

Analistas do setor privado no México antecipam inflação mais baixa para o final deste ano, mas elevaram sua estimativa para a taxa de câmbio, segundo os 40 grupos de análise econômica e consultoria do setor privado nacional e estrangeiro consultados pelo Banco do México (Banxico).

Em pesquisa com economistas, a inflação anual prevista para dezembro diminuiu ligeiramente, para 4,42%, face a uma mediana de 4,45% estimada em outubro. A taxa de câmbio foi estimada em 20,29 pesos por dólar, em vez dos 19,80 pesos do mês anterior.

A meta permanente de inflação do banco central Banxico é de 3%, com tolerância de um ponto percentual.

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi atualizada em alta, passando de 1,40% para 1,53% anualmente neste ano, e de 1,17% para 1,20% em 2025, o que implicaria também uma desaceleração econômica.

Entre os fatores que podem dificultar o crescimento econômico do México, os entrevistados consideraram questões sobre governança (56%), condições externas (18%) e condições econômicas internas (16%).

Os fatores que receberam nível de preocupação maior ou igual a 5 na pesquisa foram: insegurança pública, falta de Estado de direito, corrupção, impunidade, incerteza política interna, a ausência de mudanças estruturais no México, incerteza sobre a situação econômica interna, e falta de concorrência no mercado

Por último, os entrevistados salientaram que os setores onde existe maior falta de concorrência são: eletricidade, energia, telecomunicações e internet.

Na semana passada, o Banco de México revisou para cima o crescimento esperado para o ano, de 1,5% no relatório trimestral anterior para 1,8% no atual. Segundo o banco, “após três trimestres de acentuada fraqueza da atividade econômica, foi observada uma taxa de crescimento do PIB mais elevada no terceiro trimestre de 2024”.

Para 2025, a atual previsão de expansão do PIB para 2025 manteve-se inalterada em relação ao Relatório anterior, em 1,2%. O Banxico ressaltou que as previsões para 2025 “incorporam a expectativa de menor dinamismo do investimento privado do que anteriormente previsto como reflexo da maior incerteza associada a fatores externos e internos”.