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Principais aeroportos brasileiros devem receber até R$ 3,4 bi em investimentos

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Principais aeroportos brasileiros devem receber até R$ 3,4 bi em investimentos

Dois dos aeroportos mais movimentados do Brasil, Guarulhos e Congonhas, no estado de São Paulo, devem receber novos investimentos de até R$ 3,4 bilhões (US$ 596 milhões).

O Aeroporto de Guarulhos, o maior do país, receberá até R$ 1,4 bilhão. O terminal de Guarulhos é operado com base em uma concessão mantida pela GRU Airport, sociedade em que a GRUPar (formada por 80% de participação da empresa local Invepar e 20% da Airports Company South Africa) detém 51% do capital social e a autoridade aeroportuária brasileira Infraero detém os 49% restantes.

O investimento será feito depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a prorrogação do contrato de concessão.

“A proposta aprovada pelos ministros do TCU estende o prazo de concessão do local até novembro de 2033, permitindo que a empresa opere 16 meses além do previsto inicialmente. Em contrapartida, entre 2025 e 2029, deverão ser realizados novos investimentos para aumentar a capacidade de operação, ampliar o nível de segurança (operacional e contra atos de interferência ilícita) e melhorar a qualidade dos serviços ofertados”, informou o TCU em nota.

A concessionária GRU Airport construirá dois píeres, um para passageiros internacionais e outro para passageiros domésticos, ampliará pátios de aeronaves e criará pistas de táxi. Também adquirirá equipamentos para inspeção de bagagens despachadas e de bordo e para vigilância perimetral, além de melhorias no acesso de funcionários com biometria, entre outros itens, acrescentou o TCU.

A empresa assumiu as operações em 2012 e o contrato de concessão original expiraria em julho de 2032. No entanto, com a necessidade de fazer novos investimentos, a concessionária solicitou a prorrogação do contrato de concessão como compensação.

Mais de 90% dos passageiros aéreos no Brasil passam por aeroportos operados por empresas do setor privado por meio de concessões.

CONGONHAS

Enquanto isso, a espanhola Aena, que opera 17 aeroportos no Brasil, investirá até R$ 2 bilhões em Congonhas.

“O plano de investimentos da Aena para um dos principais terminais aeroportuários do país conta com obras complexas e necessárias para comportar o aumento de turistas projetado. A expectativa é que, nos próximos anos, o terminal receba um terço a mais de viajantes do que tem recebido hoje, passando de 22 milhões, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no ano passado, para 29,5 milhões”, destacou o Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) em nota.

“Com conclusão prevista para 2028, o novo aeroporto de Congonhas terá sua área de embarque e desembarque ampliada, chegando a 105.000 m². O local também terá um novo salão de check-in com 72 posições amplas e acessíveis, podendo chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento”, acrescentou.

MAIS CONCESSÕES

Com as instalações maiores e mais lucrativas já administradas por empresas do setor privado, o governo está promovendo uma iniciativa para oferecer concessões para aeroportos regionais menores.

O TCU aprovou uma proposta do governo para oferecer concessões de aeroportos regionais a empresas que já operam aeroportos maiores.

Com esse modelo, as empresas teriam as concessões dos terminais maiores estendidas em troca de investimentos nos aeroportos menores.

“A seleção simplificada deverá ocorrer em rodadas variadas. Na primeira, o MPOR pretende priorizar áreas de importância estratégica na Amazônia Legal, como os aeroportos de São Gabriel da Cachoeira (SBUA) e de Eirunepé (SWEI), e, na Região Nordeste, o Aeroporto de Guanambi (SNGI), na Bahia”, anunciou o TCU.

Os blocos priorizados para a primeira rodada envolvem cerca de R$ 2,1 bilhões em investimentos. No total, cerca de 100 aeroportos regionais seriam oferecidos sob esse formato.

NÚMEROS DE PASSAGEIROS

Os investimentos no setor foram anunciados em meio à recuperação do tráfego, que foi duramente impactado pela pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2021.

Em setembro, o número de passageiros movimentados em aeroportos brasileiros foi o maior para o mês desde que a metodologia atual foi introduzida, em 2000.

No mês passado, foram movimentados cerca de 10 milhões de passageiros, sendo 7,9 milhões domésticos e mais de 2 milhões internacionais, um aumento de 5,7% em relação ao total de setembro de 2023, segundo a Anac.

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