Problemas financeiros impactam os planos de infraestrutura de saúde da Costa Rica

A instituição de previdência social da Costa Rica (CCSS) está com sérios problemas financeiros, com reflexos nos investimentos e na infraestrutura de saúde.

No início deste mês, a CCSS suspendeu o investimento em empreitadas que ainda não haviam sido concedidas ou cujas obras não tinham começado.

Defendendo a decisão, o presidente Rodrigo Chaves foi citado em reportagem de quarta-feira (15) do jornal La Nación, dizendo que “a situação é crítica, não podemos mentir. Haverá sindicatos e certos grupos dizendo ‘isso é um escândalo, tiraram a carteira de investimentos’. Mas temos uma situação em que a empresa de auditoria [Deloitte] diz não saber qual é a situação do CCSS.”

A chefe da CCSS, Marta Eugenia Esquivel, disse a um comitê do Congresso, em 13 de março, que os problemas de liquidez se intensificarão, especialmente em 2026 e 2027, se as reformas forem adiadas. O diretor Juan Ignacio Monge disse separadamente que todas as reservas seriam usadas até 2027, se as despesas continuassem superando as receitas.

A instituição interrompeu a aquisição de terrenos para projetos em fase de licitação e está criando um banco de dados com todos os imóveis disponíveis. Também está revisando 58 projetos planejados que ainda não foram aprovados e envolvem US$ 540 milhões. Entre eles estão um hospital deCartago e o hospital Tony Facio, em Limón.

“A diretoria do CCSS vai analisar criteriosamente cada projeto que faz parte da carteira de investimentos institucionais, para determinar sua ordem de prioridade e viabilidade”, disse Esquivel.

Mas 45 obras avançadas continuarão, incluindo o hospital Monseñor Víctor Manuel Sanabria em Puntarenas, a instalação William Allen Taylor em Turrialba, bem como a modernização da sede do CCSS e da clínica La Cruz.

Para entender as consequências para pacientes e trabalhadores, o comitê de infraestrutura aprovou uma moção, exigindo que Esquivel explicasse as suspensões. Mas uma data não foi revelada.

O La Nación informou em novembro que o plano de investimento de 10 anos da CCSS e a contratação de 12 mil funcionários são os principais fatores de risco financeiro.