Produção da Pemex cai à medida que novos campos decepcionam

A produção de hidrocarbonetos líquidos na companhia petroleira estatal mexicana Pemex caiu 6,2% no segundo trimestre de 2024, ficando em 1,78 MMb/d (milhões de barris por dia), ante de 1,9 MMb/d no mesmo período do ano passado. O principal motivo para queda é que a produção de novos campos decepcionou.

Em esforço para compensar o rápido declínio da produção de campos grandes e maduros, como Cantarell, o governo mexicano acelerou o desenvolvimento de campos menores onshore e em águas rasas.

De acordo com o relatório de lucros do segundo trimestre da empresa, divulgado nesta sexta-feira (26), os campos de petróleo que a empresa desenvolveu desde 2019 adicionaram 557 mil b/d de petróleo bruto e condensado, uma queda de 4,3% em relação aos 582 mil b/d do segundo trimestre de 2023. Os campos maduros foram responsáveis pelos 1,23 MMb/d restantes da produção.

“Um terço de nossa produção vem de campos incorporados durante nossa administração”, disse o CEO da Pemex, Octavio Romero Oropeza, durante a teleconferência da empresa.

Ángel Cid, diretor-geral de exploração e produção, explicou que a diminuição da produção de hidrocarbonetos em novos campos foi resultado do “declínio natural” dos campos Quesqui e Tupilco Profundo, bem como de condições climáticas adversas no período.

Como parte da sua tentativa de estabilizar a produção, no primeiro semestre do ano a Pemex dedicou 79% do seu orçamento de investimentos à exploração e produção.

Produção de líquidos em novos campos (em milhares de barris por dia). Fonte: Pemex