Produção de cobre no Chile: Mantoverde e Centinela

MANTOVERDE

A canadense Capstone Copper lançou o projeto Desarrollo Mantoverde na região norte do Chile, em Atacama, com um investimento de US$ 870 milhões.

A iniciativa inclui um moinho e um concentrador de sulfeto de alto desempenho, que permitirão elevar a produção anual de cobre de Mantoverde de 36.000-40.000 toneladas para cerca de 120.000 toneladas.

A exploração de sulfuretos na mina a céu aberto, que anteriormente processava apenas minério óxido, garantirá a extensão da vida útil da operação por pelo menos 25 anos, informou recentemente a Capstone em uma apresentação para investidores. 

A primeira produção comercial de concentrado de cobre do projeto e o embarque para o exterior ocorreram neste mês.

A empresa já planeja um novo projeto, o Mantoverde Optimizado, para o qual estima um capex de US$ 146 milhões. O objetivo é otimizar a planta de tratamento e a área de lixiviação para adicionar 20.000 toneladas por ano de cobre. 

A iniciativa será essencial para a expandir a planta de dessalinização da Capstone, localizada a 40 km de Mantoverde.

Enquanto isso, a Capstone continuará explorando tanto o setor do depósito de Mantoverde quanto as áreas adjacentes para identificar concentrações de cobre mais altas e mineralização a menores profundidades.

LINHA DE COBALTO

Além disso, está em desenvolvimento uma linha de produção de cobalto em Mantoverde. No momento, a Capstone está conduzindo testes em uma planta-piloto com o objetivo de aprimorar a recuperação e as soluções empregadas nos processos, conforme informado no documento.

No próximo ano, planeja entregar um estudo específico sobre a produção de cobalto com o objetivo de atingir 1.500 t/ano, que mais tarde aumentaria para 4.500-6.000 t/ano com a integração no projeto de Santo Domingo .

Mantoverde pertence 70% à Capstone e 30% à japonesa Mitsubishi Materials Corp.

NUEVA CENTINELA

A Antofagasta Minerals, por sua vez, está avançando com a ampliação de Nueva Centinela, uma mina localizada na região norte de Antofagasta, com a meta de adicionar 170.000 toneladas por ano de cobre equivalente à produção atual com um segundo concentrador. 

No ano passado, as operações da Centinela produziram 162,7 mil toneladas de concentrados de cobre e 79,3 mil toneladas de cátodos.

As obras do projeto, de US$ 4,4 bilhões, alcançaram 24% de progresso neste mês e recentemente receberam da China e da África do Sul mais de 30 remessas com equipamentos e componentes críticos, informou a mineradora em um comunicado na semana passada. 

A iniciativa prevê novas áreas de exploração e a fase de construção será concluída em 2027.

A Antofagasta detém 70% deste ativo, enquanto o conglomerado japonês Marubeni Corporation possui os 30% restantes.