Produção mexicana de cobre cai 40% no 1º semestre

A produção mexicana de cobre sofreu uma queda anual de 16,2%, para 36.103 toneladas, em junho, o que significa que o volume de produção no primeiro semestre do ano caiu 40%, segundo dados do instituto de estatísticas Inegi.

A produção local de cobre registou as maiores quedas no primeiro trimestre, com uma queda homóloga de 66,3% em janeiro, 61,2% em fevereiro e 60,3% em março.

Paralelamente, a produção de pelotas de ferro, ouro e carvão não coque também apresentaram queda no sexto mês. Destacaram-se os aumentos registados no zinco (93%), chumbo (52,2%) e prata (23,9%).

No período de janeiro a junho, além da queda na produção de cobre, a produção de enxofre caiu 12,3%, a de pelotas de ferro 9,6%, chumbo 3,3%, gesso 0,9% e carvão não coque 0,9%.

No entanto, o volume de zinco aumentou 7,6%, o ouro 2,5%, a prata 0,7% e a fluorita 0,6%.

A desaceleração da economia chinesa e suas inesperadas exportações de cobre abalaram os investidores, fazendo com que os preços globais do cobre caíssem mais de 15% desde o pico de maio, informou a Bloomberg.

No entanto, os metais preciosos beneficiaram de um aumento sustentado dos seus preços internacionais.

Em geral, a produção mineral e metalúrgica do México – referente às atividades de extração, beneficiamento, fundição e refinação de minerais metálicos e não metálicos – registrou um aumento homólogo de 3,4% em junho, em números originais. No entanto, a produção diminuiu 11,2% no primeiro semestre do ano.

Em 2023, o indicador contraiu quase 5%, afetado fundamentalmente pela paralisação das operações por mais de quatro meses na mina de ouro e prata Peñasquito, da Newmont, e pela crise prolongada na siderúrgica AHMSA.

A falta de regulamentação para quatro leis modificadas que se aplicam ao setor mantém paralisados vários processos da mineração, especialmente aqueles ligados à exploração, o que por sua vez afeta a demanda por serviços relacionados, segundo as empresas do setor.