Projeto argentino de cobre PSJ supera obstáculos e ruma para a produção

O projeto de cobre San Jorge, na província argentina de Mendoza, agora conhecido como PSJ Cobre Mendocino, pode começar a operar em 2027 ou 2028 e se tornar a primeira grande mina do metal no país desde Alumbrera.

O governador provincial Alfredo Cornejo fez o anúncio durante um discurso recente para investidores na embaixada da Argentina no Reino Unido.

Na reunião, Cornejo também afirmou que a iniciativa renovada deverá ser submetida à legislatura provincial em outubro ou novembro, o que a deixará mais perto de atingir a fase operacional dentro dos próximos dois a três anos.

Este cronograma parece viável, visto que esta semana as autoridades ambientais e de mineração de Mendoza começaram formalmente a avaliar o estudo de impacto ambiental (EIA) preparado pela GT Ingeniería e submetido pela Minera San Jorge (MSJ).

A MSJ é agora uma joint venture entre a empresa suíça Zonda Metals e a argentina Grupo Alberdi, que assumiu o controle do projeto de cobre reformulado no ano passado, aumentando significativamente seu investimento e escopo.

O custo de capital estimado atual do projeto é de US$ 559 milhões para uma produção de 150.000 a 241.000 t/a (toneladas por ano) de concentrado de cobre a partir de um depósito a céu aberto, conforme documentação do PSJ disponível para consulta pública (em espanhol).

O projeto envolve o processamento do minério por meio de britagem, moagem, flotação, espessamento e filtragem para obter um concentrado seco contendo 25% de cobre, de acordo com o estudo técnico.

Anteriormente, San Jorge era de propriedade da russa Aterra e da suíça Solway Investment Group, com investimento planejado de US$ 370 milhões e produção esperada de 40.000 t/a de cobre fino. No entanto, agora que está sob a propriedade da Zonda e da Alberdi, o projeto tem metas mais ambiciosas. A ideia é capitalizar os benefícios do Regime de Incentivo a Grandes Investimentos da Argentina (Rigi), que oferece benefícios fiscais e estabilidade cambial por 30 anos, entre outras vantagens.

Além disso, durante a reunião da embaixada, Cornejo enfatizou o progresso recente no setor de mineração de Mendoza, observando que um novo código de procedimentos de mineração já está agilizando as aprovações de licenças e avaliações de projetos.

Uma vez que o EIA para PSJ Cobre Mendocino for aprovado, o Legislativo emitiria uma declaração de impacto ambiental, permitindo que a construção do projeto começasse. Espera-se que a mina tenha uma vida útil de 16 anos.

No entanto, apesar do potencial econômico da mina – incluindo um pico estimado de 3.900 empregos durante a construção, bem como cerca de 2.400 empregos diretos e indiretos durante a operação –, houve oposição. No mês passado, algumas organizações ambientais e moradores locais protestaram contra o projeto, citando preocupações sobre possíveis impactos na terra, no ar, nas águas superficiais, nos aquíferos e na flora e fauna locais.