Projetos de cobre da Antofagasta Minerals no Chile avançam a passos largos

Os preços mais elevados do cobre e do ouro permitiram que a chilena Antofagasta Minerals fechasse o primeiro semestre com resultados financeiros sólidos, à medida que continua avançando com seus planos de crescimento.

Nos primeiros seis meses do ano, o Ebitda da empresa aumentou 4,8%, para US$ 1,39 bilhão, enquanto as receitas subiram 2,3%, para US$ 2,95 bilhões, em comparação com o mesmo período de 2023. No entanto, o lucro líquido caiu de US$ 535 milhões para US$ 413 milhões.

A expansão da mina Centinela, projeto que envolve US$ 4,4 bilhões para estender a vida útil da mina de 30 anos a partir do final das obras, estimado para 2027, ainda está em andamento, avançando mais que o esperado, informou a Antofagasta Minerals em um comunicado nesta terça-feira (20).

Localizado na região de Antofagasta, o novo projeto de Centinela pretende adicionar 144.000 t/ano de cobre à produção. No ano passado, a mina produziu 242.000 t de cobre fino, 165.000 oz de ouro e 2.900 t de molibdênio.

Para aumentar os volumes na operação que utiliza apenas água do mar não dessalinizada e energia renovável, a empresa vai incorporar um segundo concentrador, aumentar o desempenho da planta de molibdênio, desenvolver a cava Esperanza Sur e incluir novas tecnologias nos processos.

O plano considera a implementação de um sistema de prensas de rolos de alta pressão (HPGR, na sigla em inglês), para maximizar o processo de moagem, e a introdução de 11 caminhões de extração autônomos Komatsu 980 E-5, detalhou a Antofagasta em um documento publicado no mês passado.

Outra iniciativa destacada no relatório do primeiro semestre é o início das obras para dobrar para 800 l/s a capacidade da planta de dessalinização de Los Pelambres, principal mina de cobre da empresa, localizada na região de Coquimbo. A planta, no porto de Punta Chungo, na cidade de Los Vilos, começou a operar em março como parte de um projeto de infraestrutura complementar.

Além disso, será construído um duto de polpa entre o concentrador de Los Pelambres e o porto, como parte do projeto de adaptação operacional, que custará US$ 1 bilhão.

No ano passado, Los Pelambres produziu 300.300 t de cobre e, para este ano, somando Centinela, Minera Antucoya e Minera Zaldívar, a Antofagasta Minerals prevê que atingirá uma produção total equivalente à faixa inferior do guidance de 670.000-710.000 t de cobre, devido aos teores mais baixos do cobre e seus produtos.

A Antofagasta Minerals é controlada pelo grupo chileno Luksic.