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Projetos de royalty e exploração dominam a agenda no dia de abertura da Semana Cesco

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Projetos de royalty e exploração dominam a agenda no dia de abertura da Semana Cesco

A produção de cobre do Chile está estagnada há mais de dez anos e a atividade de exploração não conseguiu aproveitar o potencial geológico do país, inclinando-se mais para iniciativas brownfield do que greenfield, dizem fontes da indústria.

Essa é a situação, apesar de o país ter a oportunidade de se tornar líder em mineração sustentável, diz Jorge Cantallopts, diretor-executivo do Centro de Estudos do Cobre (Cesco).

Por outro lado, existem variáveis que afetam a competitividade da mineração do Chile que são “mais complexas do que as incertezas geradas pelo processo constitucional ou os possíveis impactos do projeto de royalties que está sendo discutido hoje no Senado”, acrescentou Cantallopts durante evento inaugural da Semana Cesco, na segunda-feira.

Sobre a iniciativa legal que introduziria novos royalties, a ministra de Minas, Marcela Hernando, falou sobre a importância de incluir um novo mecanismo de arrecadação mais eficiente.

“A aprovação do projeto significará novos recursos que irão diretamente para o benefício das famílias chilenas e melhorias concretas para as regiões, atingindo 87% das comunas do país”, afirmou.

Hernando mencionou que o projeto de royalties promoverá a descentralização, a autonomia econômica e a produtividade das regiões do país, pois “os recursos da mineração em grande escala retornarão significativamente às comunidades de origem, promovendo o investimento e o desenvolvimento local”.

Se aprovado, o royalty permitiria arrecadar o equivalente a 0,46% do PIB e dobrar a contribuição fiscal ao Fundo Comum Municipal, que constitui a principal fonte de financiamento para os mais de 300 municípios chilenos, comentou o ministro por meio do canal Relatórios do Governo.

Embora a proposta de royalties ainda não tenha alcançado um consenso no setor, tanto as autoridades quanto os players privados da mineração concordam que é preciso incentivar a exploração, principalmente a do tipo greenfield, para que a mineração chilena não perca competitividade.

Em 2022, os gastos exploratórios no Chile atingiram US$ 713 milhões e uma participação de 5,48% no orçamento global, posicionando o país como o primeiro destino latino-americano e o quarto mundial, superado apenas pelo Canadá com 20,7%, Austrália com 17,8% e Estados Unidos com 12,3%, acrescentou Hernando durante o evento.

Para o quinquênio 2022-2026, estão previstas 45 iniciativas avaliadas em um total de US$ 46,3 milhões que permitiriam reverter o declínio vivenciado durante a pandemia.

Sergio Giglio, gerente corporativo de exploração global da produtora de cobre Antofagasta Minerals (Amsa), reconheceu que a empresa teve queda na atividade exploratória em 2020 associada aos protocolos e restrições contra a Covid-19 em embarques e questões logísticas. No entanto, no ano passado, o número superou os níveis pré-pandêmicos em 20%.

Klaus Heppe, gerente de exploração da canadense Teck Resources, mencionou que em 2021 a empresa investiu 65 milhões de dólares canadenses (US$ 49 milhões), valor que vai aumentar e que será concentrado principalmente no Chile para ampliar as capacidades da Quebrada Blanca.

Uma das principais dificuldades seria o aumento dos custos, disseram os dois executivos na Cesco Week, somando-se ao longo processo de licenças de exploração.

Giglio afirmou que seria necessária a intervenção do Estado para facilitar o licenciamento, mesmo nas fases relacionadas à participação das comunidades.

Em relação aos projetos exploratórios do tipo greenfield, a Amsa está desenvolvendo as jazidas Cachorro e Encierro, que se encontram em estágio intermediário. “Estamos tentando aumentar os recursos que reportamos”, disse Giglio.

Em seu último relatório anual, a Amsa observou que no ano passado perfurou 80 mil m, 27% a mais que em 2021, o que lhe permitiu aumentar seus recursos em 765 milhões de toneladas.

Cachorro está localizada entre as minas Antucoya e Centinela da empresa, na região de Antofagasta, o que possibilitaria o aproveitamento de sinergias. O projeto Encierro está localizado na cordilheira dos Andres, na região do Atacama, e incluiria uma jazida de cobre, ouro e molibdênio que a Amsa está explorando por meio de uma joint venture com a Barrick Gold.

Heppe, da Teck, disse que um de seus desafios a partir deste ano será aumentar seu portfólio de recursos minerais por meio de novas iniciativas greenfield.

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