Projetos eólicos offshore na Colômbia enfrentam incerteza sobre licenciamento, alerta especialista

Visando atingir suas ambiciosas metas de energia eólica offshore, a Colômbia precisa simplificar as regras de licenciamento ambiental, revelou um especialista do setor à BNamericas.

O alerta ocorre no momento em que o Ministério de Minas e Energia avança com o primeiro processo de licitação competitiva da América Latina para parques eólicos offshore.

“[A energia eólica offshore] é uma ideia fantástica, mas há muitas questões que precisam ser resolvidas”, disse à BNamericas em entrevista Alejandro Lucio, CEO da consultoria Óptima.

“Se o licenciamento ambiental para conexão à rede é um problema para projetos onshore, pense em quão difícil será para a energia eólica offshore. É uma boa perspectiva, mas não podemos contar em ter essa energia no futuro próximo”, acrescentou.

O governo anunciou no início deste mês que oito grupos foram pré-qualificados para participar do processo de licitação para projetos na costa colombiana do Atlântico, incluindo dois chineses e cinco europeus.

Autoridades acreditam que o processo abre caminho para até 3 GW de capacidade de energia eólica no litoral dos departamentos de Atlântico, Bolívar, Magdalena e Sucre.

Lucio pediu ao governo que garanta a viabilidade dos projetos de energia renovável onshore antes de promover investimentos no segmento offshore.

“Precisamos primeiro priorizar as reformas de mercado. E precisamos nos concentrar em finalizar os projetos onshore [de energia renovável] que estão em desenvolvimento há cinco ou dez anos”, afirmou.

Acesse a entrevista completa com Lucio aqui.