Projetos híbridos de energia solar e armazenamento de mais de US$ 500 mi buscam aprovação ambiental no Chile

Uma central híbrida de energia solar e armazenamento em baterias, avaliada em US$ 385 milhões, está entre os projetos que foram submetidos à avaliação ambiental – ou aceitos para processamento – no Chile.

Batizado de Triqueta e voltado para a região de Valparaíso, o projeto envolve a construção de 156 MW de capacidade solar fotovoltaica e um sistema de armazenamento em baterias de até 80 MW com duração de cinco horas. A Grenergy, proprietária do projeto, planeja iniciá-lo em outubro de 2025, de acordo com os documentos enviados ao serviço de avaliação ambiental SEA.

Além disso, a Orion Power reenviou o projeto híbrido Ceibo, de US$ 220 milhões. Planejado para a região do Atacama, o projeto envolve um parque solar fotovoltaico de 250 MW e um sistema de armazenamento em baterias.

A lista ainda inclui outro projeto híbrido, Casas Viejas, de US$ 116 milhões, apresentado pela Uriel Inversiones e planejado para a região de Valparaíso. A iniciativa envolve a construção de um parque solar fotovoltaico de 161 MW e um sistema de armazenamento em baterias.

***

A Comissão Nacional de Energia do Chile (CNE) iniciou um processo de consulta pública sobre as propostas de alterações às regras técnicas relativas à qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia.

Entre as mudanças estão medidas que tratam das operações de usinas solares e eólicas, segundo um comunicado.

Clique aqui para saber mais.

***

Um portfólio de 2,5 GW em projetos de energia renovável está planejado para as 10 províncias do norte da Argentina, anunciou o governo federal.

As autoridades assinaram um acordo para avançar nos projetos, que envolvem tecnologia solar fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas e usinas a biogás e biomassa.

Como parte da iniciativa, o departamento federal de energia instruiu a administradora do mercado atacadista de energia, Cammesa, a assinar contratos de compra de energia (PPA) com as jurisdições que possuem concessionárias estatais.

“As províncias estabelecem o acordo de investimento com o setor privado e o Estado nacional aprova e garante esses acordos”, disse o ministro da Economia e candidato à presidência, Sergio Massa, segundo a imprensa local.

As províncias que formam a chamada região Norte Grande da Argentina são Tucumán, Salta, Santiago del Estero, Jujuy, Catamarca, La Rioja, Misiones, Chaco, Corrientes e Formosa. 

As autoridades calcularam, usando estatísticas de demanda, que Tucumán receberia 370 MW de nova capacidade, enquanto Chaco ficaria com 350 MW, Corrientes com 345 MW, Misiones com 330 MW, Salta com 255 MW, Santiago del Estero com 210 MW, La Rioja com 180 MW, Formosa com 160 MW, Catamarca com 155 MW e Jujuy com 145 MW.

A região norte da Argentina possui recursos minerais e de energia solar abundantes.

Projetos renováveis de pequena escala foram concedidos recentemente no leilão de fornecimento no mercado regulado da Argentina, o RenMDI. A Cammesa assinou PPAs para um total de 215 MW, correspondendo a sete empresas com plantas solares fotovoltaicas, PCHs e usinas a biogás e biomassa em sete províncias do norte, informou o departamento de energia em um comunicado.

A Argentina tem uma meta obrigatória por lei de obter 20% da sua eletricidade a partir de fontes de energia renováveis não convencionais até ao final de 2025. A porcentagem atual gira em torno de 15%.