Promotores colombianos alertam para riscos de Hidroituango

O Ministério Público da Colômbia alertou sobre graves falhas de segurança relacionadas ao problemático projeto Hidroituango.

O órgão declarou que as cidades localizadas a jusante da barragem estavam ameaçadas por planos desatualizados de gerenciamento de risco de desastres e funcionários insuficientes, entre outros problemas. Além disso, convidou a Empresas Públicas de Medellín (EPM), proprietária do projeto, a criar uma estratégia destinada a abordar as preocupações.

“Atualmente [a barragem] depende apenas do vertedouro para evacuar a água, e embora este risco seja reduzido quando cada unidade geradora entra [em operação], não é eliminado”, lê-se num comunicado publicado no site do Ministério Público.

O Ministério Público ordenou que a EPM realizasse uma avaliação técnica independente do projeto para proteção contra inundações, terremotos ou deslizamentos de terra.

Localizada no rio Cauca, no departamento de Antioquia, noroeste da Colômbia, Hidroituango deveria começar a operar em 2018. Segundo a EPM, espera-se que o projeto comece a operar a partir das duas primeiras turbinas no segundo semestre do ano.

Além de um atraso de quatro anos causado por uma série de problemas de construção, o projeto também está em torno de US$ 1,5 bilhão acima do orçamento. De acordo com as últimas estimativas, seu custo total agora ultrapassará 18 trilhões de pesos (US$ 4,5 bi).

A EPM disse em janeiro que pagamentos de seguro de mais de US$ 1 bilhão para reclamações de responsabilidade civil permitiriam que o trabalho no Hidroituango prosseguisse sem novos gargalos.