Protestos sociais atingiram produção peruana em janeiro

A produção de mineração e hidrocarbonetos do Peru caiu 3,6% em janeiro em relação a dezembro. No caso do cobre, caiu 1,6% após subir 19% em dezembro, enquanto o minério de ferro cresceu 52%, segundo os últimos dados do instituto INEI.

As empresas de cobre do sul enfrentaram problemas de abastecimento e transporte de concentrados, forçando-as a interromper ou limitar as operações nos ativos de Las Bambas, Antapaccay e Constancia, entre outros.

A produção de estanho caiu 63% em janeiro. A Minsur, sua única produtora no Peru, interrompeu as operações em sua mina de San Rafael em meados de janeiro devido a violentos protestos na região de Puno e só as retomou nesta semana.

Houve também quedas na produção de prata (19,9%), molibdênio (12,4%), zinco (6,9%), ouro (6,8%) e chumbo (6,7%).

Enquanto isso, a produção de petróleo bruto contraiu 16,7% e a de gás natural liquefeito 3,3%, mas o gás natural cresceu 8,2%.

CONSTRUÇÃO

O consumo de cimento caiu 15,1% em janeiro devido ao menor dinamismo das obras privadas e autoconstrução. Citando números da associação de produtores de cimento (Asocem), o Scotiabank disse em relatório que os envios de janeiro ficaram ligeiramente acima de 900 mil toneladas, o menor resultado desde julho de 2020.

Embora o item já registrasse quedas sustentadas desde setembro de 2022, a baixa de janeiro supera as contrações anteriores, o que se deve aos protestos sociais, especialmente na zona sul, indicou o Scotiabank. No entanto, uma recuperação é antecipada para fevereiro e março.

IMPORTAÇÕES

O INEI reportou queda de 18% nas importações, para US$ 3,8 bilhões, o menor valor mensal desde fevereiro de 2021.

As compras internacionais de matérias-primas e produtos intermediários caíram 16,9%, para US$ 2 bilhões, enquanto as de bens de capital e materiais de construção recuaram 27%, para US$ 989 milhões.