Prysmian concluirá obras de expansão de planta em Durango, no México, até junho

A Prysmian, empresa italiana de cabos de energia e telecomunicações, espera concluir as obras físicas para a expansão de sua fábrica de Durango, no México, até meados de 2022, e as instalações de máquinas até o final do ano, disse à BNamericas Marcelo De Paola, presidente e gerente geral do Grupo Prysmian no México.

Com isso, a empresa espera iniciar 2023 dobrando a capacidade de produção de fibra ótica na fábrica mexicana, para mais de 5 milhões de km/ano.

A expansão da fábrica foi anunciada no ano passado, envolvendo US$ 27 milhões. Segundo De Paola, o orçamento final deve ser um pouco maior.

Após a expansão, espera-se que a planta seja uma das três maiores da Prysmian no mundo, em termos de volume de equipamentos de telecomunicações.

A fábrica, inaugurada em 2017, produz cabos de fibra e cabos óticos, principalmente para telecomunicações.

A expansão da produção atende à crescente demanda das operadoras para expandir o transporte baseado em fibra e as redes de última milha, e será fundamental no contexto dos lançamentos de 5G que estão começando na região.

A Prysmian está contratando 140 pessoas para lidar com o volume adicional de Durango e está desenvolvendo um plano de treinamento para esses profissionais, oferecendo inclusive um programa de “intercâmbio” entre outras fábricas na região e em todo o mundo, disse De Paola.

A empresa afirma ter 104 fábricas em 50 países.

Além de Durango, a Prysmian possui outras três fábricas no México, em Piedras Negras, Tetla e Nogales.

Em toda a América Latina, a Prysmian possui 13 fábricas, na Argentina, Brasil (5), México, Colômbia, Chile e Costa Rica.

Novas expansões estão planejadas para algumas dessas plantas, disse Alejandro Quiroz, recém-nomeado CEO regional, à BNamericas.

O plano de investimento na América Latina ainda está em processo de aprovação pela matriz na Itália, disse Quiroz, razão pela qual não podem ser dados detalhes neste momento.

Uma área que deve ver um aumento na produção, no entanto, são os cabos de energia de média tensão, para atender ao crescimento da demanda, principalmente de projetos de energia renovável, disse ele.

As duas fábricas da empresa no Brasil que produzem fibra ótica também estão entre as que devem receber expansões.

A América Latina foi a região que mais cresceu para a Prysmian, em termos orgânicos, nos primeiros nove meses de 2021.

A região registrou um crescimento orgânico de receita de 32% em comparação com os primeiros nove meses de 2020, para € 771 milhões (US$ 871 mi), cerca de 9,3% do total do grupo, de acordo com o último relatório financeiro.

A empresa projeta um capex médio anual para o período 2021-2025 de até € 350 milhões, acima da média anual de € 270 milhões em 2017-2020.

Os resultados do ano completo ainda não foram divulgados.