Chile , Panamá , Guatemala , Brasil , Argentina , Colômbia , Peru , Costa Rica e México
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Raio-x: a presença da Enel na América Latina

Bnamericas

A Enel, um peso pesado da energia elétrica na América Latina, nomeou Brasil, Colômbia e Chile como três de seus seis principais mercados globais.

Os outros são os EUA, a Espanha e o mercado interno da Itália.

A estratégia faz parte de um plano para 2023-25, segundo o qual um pilar fundamental é a instalação de 21 GW de nova capacidade renovável – 19 GW dos quais destinados aos seis países.

O desembolso geral da Enel para 2023-25 é estimado em cerca de 37 bilhões de euros (cerca de US$ 38 bilhões), com mais de 80% planejado para a Europa e os EUA, de acordo com um comunicado da empresa. Com o trabalho de geração, está planejado o investimento em áreas como pontos de carregamento de veículos elétricos e armazenamento ‘atrás do medidor’. Até 2025, nos seis principais países, a Enel planeja vender cerca de 80% dos volumes de eletricidade sob contratos de preço fixo, um aumento de cerca de 15 TWh (+7%) nas estimativas de 2022.

Cerca de 40% do investimento total da Enel visa redes elétricas, 50% geração e 10% serviços avançados de energia. Além dos planos de gastos, a empresa também pretende sair da Argentina e do Peru.

Federico Díaz Ascuénaga, chefe de M&A-Deal Advisory do escritório argentino da empresa de serviços profissionais KPMG, disse à BNamericas: “A saída da Enel da Argentina, e também a venda das operações no Peru e alguns ativos em outras localidades, têm a ver, em parte, com o foco que a empresa está tendo em mercados prioritários, mas o resultado é que a Enel, no mundo, tem investido fortemente em energia renovável nos últimos anos, o que elevou o endividamento.

“Além disso, nos últimos meses e diante de um mercado de dívida que se complicou globalmente com aumentos de taxas e maiores dificuldades de refinanciamento, aliado a um rebaixamento da classificação de risco por agências de rating como a Fitch, a Enel foi obrigada a desinvestir ativos para diminuir o endividamento e reduzir a exposição da empresa.”

A Enel disse que o impacto do plano 2023-25 nas finanças da empresa foi uma “contribuição positiva para a redução da dívida líquida do grupo em cerca de 21 bilhões de euros, com pico em 2023, quando se espera que exceda 12 bilhões de euros”.

Na América Latina, em 2020, os acionistas aprovaram a fusão da unidade de renováveis Enel Green Power Américas (EGP Américas) na Enel Américas. Isso trouxe sob a bandeira da Enel Américas todos os ativos de geração da EGP Américas na América Central e do Sul, exceto os do Chile, que se enquadram na Enel Chile.

A empresa italiana também opera no México através da Enel Green Power México (EGP México).

Brasil, Chile e Colômbia são classificados como os três países mais avançados na rota do hidrogênio verde na América Latina. A produção de hidrogênio verde e derivados, como e-metanol e amônia verde, exigirá uma grande quantidade de eletricidade barata e limpa.

CAPACIDADE INSTALADA

A capacidade instalada da Enel Américas é de 16,0 GW, com hidrelétrica respondendo por 44%, eólica e solar 27%, ciclo combinado 15%, geração de óleo-gás 13% e carvão 1%. A empresa gera, transporta e distribui eletricidade na Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Panamá e Peru.

A capacidade bruta de geração da Enel Chile é de cerca de 8,0 GW, enquanto a EGP México tem cerca de 2,90 GW.

PIPELINES DE PROJETOS

O pipeline total de projetos renováveis da Enel Américas é de cerca de 72 GW, dos quais cerca de 37 GW estão em estágio inicial, disse a empresa em uma apresentação de resultados do terceiro trimestre. Por capacidade instalada, o Brasil responde por 54% dos 2,9 GW de projetos em fase de execução, Colômbia 34%, Peru 10% e América Central 2%.

A Enel Chile tem dois parques eólicos prontos para construção no sul do país: La Cabaña (106 MW, com armazenamento em bateria de 30 MW) e Rihue (120 MW, com armazenamento em bateria de 30 MW). A empresa possui um portfólio de 1,3 GW de projetos solares, eólicos e hidrelétricos sendo construídos ou conectados. Espera-se que um parque eólico de US$ 500 milhões que alimentaria uma futura instalação de hidrogênio verde seja reenviado para avaliação ambiental pela Enel e sua parceira HIF Chile.

A EGP México tem um projeto em fase inicial de obras.

BRASIL

A Enel Américas participa do mercado de energia do Brasil (geração, transmissão e distribuição) por meio da unidade Enel Brasil.

Capacidade instalada: 5,01 GW, toda hidrelétrica, eólica e solar.

Projetos

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COLÔMBIA

A Enel Américas participa do mercado de energia da Colômbia (nº 1 em capacidade instalada e em participação de mercado em distribuição) por meio da unidade Enel Colombia.

Capacidade instalada 3,63 GW, principalmente hidrelétricas.

Projetos

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CHILE

A Enel participa do mercado de energia do Chile (geração, transmissão e distribuição) por meio da Enel Chile, a maior geradora de energia do país.

Capacidade instalada: 8,11 GW, principalmente hidrelétrica, eólica e solar.

Projetos

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MÉXICO

Capacidade instalada: 2,98 GW, principalmente eólica e solar.

A Enel opera no mercado de energia do México (geração) via EGP Mexico.

Projetos

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ARGENTINA

Capacidade instalada: 4,42 GW, toda hidrelétrica e termelétrica.

A Enel Américas participa do mercado de energia da Argentina (geração e distribuição) por meio da Enel Argentina.

Os ativos que podem ser vendidos sob a estratégia de saída da Enel são a unidade de distribuição Edesur, na província de Buenos Aires, e a usina hidrelétrica El Chocón, na província de Río Negro-Neuquén (1,33 GW). Os ativos termoelétricos a serem colocados no bloco são a unidade de óleo e gás Costanera (1,31 GW), na província de Buenos Aires e duas usinas associadas de ciclo combinado de 851 MW e 322 MW, respectivamente, e a usina de ciclo combinado Dock Sud (870 MW), também em Buenos Aires.

Em relação à Edesur, o apetite da empresa para operar no país foi prejudicado por congelamentos de tarifas de energia, pressão política e incerteza regulatória, informou o jornal local Clarín.

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PERU

Capacidade instalada: 2,29 GW, distribuídos em hidrelétricas, termelétricas, solares e eólicas, conforme apresentação do terceiro trimestre.

A Enel Américas participa do mercado de energia do Peru (geração e distribuição) por meio da Enel Perú (Enel Generación Perú e Enel Generación Piura)  e Enel Distribución Perú, respectivamente.

As usinas que podem entrar no bloco são os ativos hidrelétricos Huinco (278 MW), Matucana (137 MW), Callahuanca (84,4 MW), Moyopampa (69,1 MW), Huampani (30,9 MW), HER 1 (0,7 MW), Yanango (43,1 MW) e Chimay (152 MW), segundo dados do relatório anual de 2021 da empresa.

Os ativos termoelétricos são Santa Rosa (226 MW), Santa Rosa 2 (185 MW) e Ventanilla (472 MW).

A Enel também possui os parques eólicos Wayra, de 132 MW, e os parques solares Rubí, de 179 MW, no Peru.

Projetos

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AMÉRICA CENTRAL

Na América Central (Costa Rica, Guatemala e Panamá), a Enel Américas possui 646 MW de capacidade instalada (545 MW eólica e 101 MW solar), segundo dados da apresentação do terceiro trimestre.

A Costa Rica, segundo o site da Enel Américas, responde por 81 MW por meio de três usinas hidrelétricas, o Panamá 395 MW por meio de 10 usinas solares e hidrelétricas e a Guatemala 164 MW por meio de cinco usinas hidrelétricas.

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