Raio-x: a produção brasileira de petróleo e gás

O Brasil produziu 4,324 MMboe/d (milhôes de barris de óleo equivalente) em junho, superando o recorde de fevereiro de 2023, quando foram produzidos 4,183 MMboe/d, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O total extraído compreendeu 3.367 MMb/d de óleo e 152 MMm³/d (milhões de metros cúbicos) de gás natural, sendo os campos offshore responsáveis por 97,6% do óleo e 83,2% do gás natural produzido.

A produção de petróleo aumentou 5,2% em relação ao mês anterior e 19% acima de junho de 2022. Esse foi o maior volume de produção de petróleo já registrado, superando o recorde estabelecido em janeiro de 2023, quando foram produzidos 3,274 MMb/d.

No gás natural, a produção aumentou 5,4% em relação ao mês anterior e subiu 14,6% no interanual de junho. Esse também foi o maior volume já registrado, superando a marca estabelecida em outubro de 2022, quando foram produzidos 149 MMm³/d.

A produção do pré-sal em junho atingiu 3,243 MMboe/d e representou 75% da produção brasileira. Essa produção foi 1,5% maior do que em maio e um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior.

Foi disponibilizado ao mercado um total de 55,4 MMm³/d de gás natural e a queima totalizou 4,58 MMm³/d. Houve aumento de 10,7% na queima em relação ao mês anterior e 5,4% a mais que em junho de 2022.

A Petrobras respondeu por 63,4% da produção nacional de óleo e gás, com produção total de 2,74 MMboe/d, seguida por Shell (490.636 boe/d), TotalEnergies (179.545 boe/d), Petrogal (126.277 boe/d) e CNOOC Petroleum (88.569 boe/d).

O campo de Tupi continua sendo o maior produtor de petróleo e gás do Brasil, tendo extraído 1.028 MMboe/d em junho, seguido por Búzios (787 mil boe/d), Mero (293 mil boe/d), Sapinhoá (233 mil boe/d) e Sépia (177 mil boe/d), compondo os cinco maiores ativos produtores.

A Petrobras é a operadora desses campos, em parceria com empresas como CNOOC, CNODC, Shell, TotalEnergies, Petrogal e Repsol Sinopec.

No onshore, os principais campos produtores em junho foram Leste do Urucu, com produção de 48 mil boe/d, Rio Urucu (44 mil boe/d), Gavião Branco (12 mil boe/d), Gavião Caboclo (10 mil boe/d) e Canto do Amaro (6 mil boe/dia).

Gavião Branco e Caboclo são operados pela Eneva, enquanto Canto do Amaro é operado pela 3R Petroleum e os demais são controlados pela Petrobras.

As cinco maiores instalações produtoras de óleo e gás em junho foram FPSO Guanabara, no campo de Mero (248.391 boe/d), P-75 em Búzios (203.373 boe/d), FPSO Carioca em Sépia (201.249 boe/d), P-77 em Búzios (188.080 boe/d) e P-76, também em Búzios (187.731 boe/d).

A ANP prevê que a produção nacional de petróleo e gás terá uma média de 4,146 MMboe/d em 2023, 4,579 MMboe/d em 2024, 5,262 MMboe/d em 2025, 5,862 MMboe/d em 2026 e 5,972 MMboe/d em 2027.