Raio-x: exportações de petróleo bruto e combustíveis da Argentina

Os pedidos de autorização para exportação de petróleo bruto, gasolina e diesel de 24 empresas foram publicados na Argentina em maio, um aumento em relação a 23 de abril, de acordo com dados do Departamento Federal de Energia.

Os três maiores players, em termos de volume de petróleo bruto e combustíveis, foram Pan American Energy, Petronas e Tecpetrol.

Juntas, essas empresas buscaram autorização para exportar 558.200 m³, quase metade do total de 1,33 MMm³ (milhões de metros cúbicos). No mês anterior, em abril, foram publicados pedidos para um total de 907.500 m³.

Em termos de petróleo bruto, as três empresas indicaram as seguintes bacias como fonte: Pan American Energy (bacias de Golfo San Jorge e Noroeste), Petronas (bacia de Neuquén) e Tecpetrol (bacias de Golfo San Jorge, Noroeste e Neuquén).

A maior parte dos pedidos publicada no mês passado corresponde aproximadamente a períodos de 30 dias entre julho e agosto, de acordo com os dados do Departamento Federal de Energia. A maioria das solicitações é para embarques de petróleo bruto.

Um total de 42 pedidos foi publicado em maio, em comparação com 48 no mês anterior. A produção associada é enviada por portos marítimos do Atlântico.

Em abril, a Argentina exportou 131 mil b/d (barris por dia) de petróleo, gerando receitas de US$ 335 milhões, de acordo com os dados do Departamento Federal de Energia citados pela consultoria local Economía & Energía. Isso contrasta com os 115 mil b/d e US$ 270 milhões, respectivamente, do ano anterior.

A Argentina também exporta petróleo para o Chile, através do duto Otasa, sob um regime regulatório diferente.

O projeto de reforma econômica do governo, em tramitação no Congresso, desregulamenta o mercado local de hidrocarbonetos, uma medida que pode significar o fim do processo de controle de exportação do Estado. Os preços locais do petróleo estão se alinhando aos preços internacionais, como os intervenientes têm solicitado.

Em abril, a produção nacional de petróleo na Argentina foi de 698.300 b/d, um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior, segundo a Economía & Energía.

O crescimento está sendo impulsionado pelos produtores de óleo de xisto na formação de Vaca Muerta, com os três maiores neste segmento sendo YPF, Vista Energy e Shell. De fato, do total de abril, a produção convencional foi responsável por 335.100 b/d (queda de 4,3%) e a produção não convencional 363.200 b/d (aumento de 22,9%).

YPF, Vista e Shell reportaram crescimento na produção de 17,6%, 32,2% e 25,9%, respectivamente.

Trabalhos no setor de midstream estão sendo realizados para ampliar as exportações da Bacia de Neuquén através de Buenos Aires e iniciar as exportações por meio de um novo terminal planejado na província de Río Negro.

Os produtores, incluindo YPF e Vista, estão aumentando a produção em Vaca Muerta para impulsionar as exportações.

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA EXPORTAÇÃO PUBLICADOS EM MAIO

Pan American Energy: seis pedidos, totalizando 250.200m³

Shell Argentina: quatro pedidos, totalizando 119.000 m³

GyP: um pedido para 4.000 m³

CHNC: um pedido para 120.000 m³

PCR: dois pedidos, totalizando 18.000 m³

Petrolera Aconcagua Energía: dois pedidos, totalizando 18.000 m³

Pampa Energía: dois pedidos, totalizando 17.000 m³

Pluspetrol: um pedido para 45.000 m³

Petroleros Sudamericanos: dois pedidos, totalizando 18.000 m³

CGC: um pedido para 80.000 m³

Chevron Argentina: um pedido de 10.000 m³

Hattrick Energy: um pedido de 200 m³

Refinería del Norte: dois pedidos, totalizando 7.000 m³

Pan American Sur: um pedido de 7.000 m³

YPF: dois pedidos, totalizando 31.500 m³

Petronas E&P: duas solicitações, totalizando 160.000 m³

President Petroleum: um pedido de 4.000 m³

Tecpetrol: dois pedidos, totalizando 148.000 m³

Enap Sipetrol: um pedido para 16.000 m³

Vista: um pedido para 120.000 m³

Capex: um pedido para 50.000 m³

ExxonMobil Exploration Argentina: um pedido de 36.000 m³

Trafigura: um pedido para 10.000 m³

Equinor Argentina: um pedido de 39.000 m³