Raio-x: investimentos em inovação e P&D da Vale

Os investimentos da Vale em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), tecnologia e inovação têm ajudado a reduzir os custos operacionais e a aumentar a eficiência da mineração, ao mesmo tempo em que melhoram a segurança das operações, de acordo com os dados da empresa.

Nos destaques do primeiro trimestre deste ano, o grupo de mineração afirmou que os aprimoramentos tecnológicos levaram a uma redução de 77% nos incidentes em atividades críticas, em comparação com 2019.

“Estamos gradualmente nos tornando uma empresa mais segura. A tecnologia e a inovação têm sido pilares fundamentais na nossa busca em proporcionar um desempenho de segurança sustentável”, disse o CEO Eduardo Bartolomeu a analistas em uma teleconferência de resultados.

Segundo a empresa, esses incidentes – chamados de lesões N2 – referem-se a operações com veículos, controles elétricos e equipamentos móveis. As soluções de base tecnológica implementadas incluem alertas de colisão e detecção de sonolência do condutor.

“Queremos que a Vale seja uma referência em termos de segurança, começando com a eliminação de nossas lesões N2, que geralmente precedem eventos impactantes ou fatais, até o final de 2025”, acrescentou.

A empresa afirmou ainda que avançou com os planos manter os centros de monitorização geotécnica funcionando 24 horas por dia em suas barragens, como parte do seu compromisso de aumentar a segurança dessas estruturas.

No geral, a Vale investiu US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2024, cerca de US$ 300 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Os gastos com P&D da Vale também aumentaram de US$ 139 milhões, no primeiro trimestre do ano passado, para US$ 156 milhões.

Do total de despesas de capital de janeiro a março, os investimentos em operações de sustentação foram de US$ 1,02 bilhão, um aumento de US$ 224 milhões comparado com o ano anterior.

Desse valor, US$ 681 milhões foram destinados a soluções de minério de ferro e US$ 328 milhões a materiais de transição energética, incluindo investimentos para melhoria de operações, gestão de barragens, tecnologia e inovação, equipamentos de minas e frota de mineração.

BESS

No primeiro trimestre, a Vale confirmou que concluiu totalmente a instalação de um dos maiores sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) do Brasil. Anunciado pela primeira vez em 2020, o projeto está no Terminal Ilha Guaíba (TIG) da Vale, no Rio de Janeiro.

Em operação parcial desde o segundo semestre do ano passado, o BESS reduziu em 55% a demanda de energia durante o horário de pico, de acordo com a empresa.

A solução BESS é composta por baterias de íon-lítio fabricadas pela Tesla e utiliza software desenvolvido pela Micropower Energy para gestão de consumo.

Segundo a Micropower, o sistema possui gerenciamento autônomo e interface de monitoramento local e remoto.