Rápida disseminação da IA impulsiona demanda por serviços de gerenciamento de rede da Dynatrace na América Latina

O crescimento de aplicações em torno da inteligência artificial, especialmente a IA generativa (genAI), juntamente com a automação e a implantação de bancos de dados em nuvem, está aumentando a demanda por segurança e gerenciamento de rede, também conhecido como observabilidade, na América Latina.

“A explosão de dados e a complexidade massiva e impressionante com nuvem, IA e genAI” estão aumentando as vulnerabilidades da rede e acelerando as necessidades de observabilidade, disse a repórteres o CEO global da Dynatrace, Rick McConnell, durante uma coletiva de imprensa no Brasil.

O grupo de software sediado em Massachusetts é um dos líderes no campo. Ele compete com empresas como Tenable, Cisco e Datadog. IBM, Microsoft e AWS também podem ser concorrentes ou parceiras, dependendo da aplicação e do segmento.

“Há bem mais de uma dúzia de participantes no espaço de observabilidade”, afirmou McConnell, acrescentando que a Dynatrace é a mais bem posicionada nas listas de recomendações da Gartner.

Segundo Roberto Carvalho, vice-presidente regional para a América Latina, a Dynatrace continua expandindo seus negócios na região. Os principais clientes do grupo na América Latina incluem empresas de telecomunicações como América Móvil – que atua no Brasil com a marca Claro –, bancos como o Bradesco e carteiras digitais como o PicPay.

No Brasil, clientes do setor público também se destacam. A Dynatrace tem contratos com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), e com o tribunal estadual do Rio de Janeiro.

Para a Claro, a Dynatrace está fornecendo uma plataforma de AIOps e ferramentas para gerenciamento de nuvem, infraestrutura e outras operações.

Outros parceiros e clientes incluem Microsoft, AWS, Genial Investments e Livelo, segundo Carvalho.

A Dynatrace afirmou anteriormente ter crescido cerca de 35% a 40% anualmente na América Latina nos últimos anos. No entanto, a empresa não detalha os números.

“Brasil, Peru, Chile e até Argentina são mercados onde temos crescido bastante na região. Estamos contratando na Argentina para atender a demanda por projetos de clientes, apesar do cenário local complicado”, disse Carvalho à BNamericas em entrevista realizada em agosto do ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente argentino Alberto Fernández.