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Rodovias mexicanas apresentam estado crítico de degradação, diz câmara do setor

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Rodovias mexicanas apresentam estado crítico de degradação, diz câmara do setor

As rodovias federais do México estão em estado crítico de degradação, com apenas 33% delas em boas condições, segundo a Câmara Mexicana da Indústria de Construção (CMIC).

Mais fundos deveriam ser atribuídos à Secretaria de Infraestrutura, Comunicações e Transportes (SICT) para resolver esta questão. A opinião é do presidente da CMIC, Luis Méndez Jaled, que falou durante conferência de imprensa nesta terça-feira (6), acrescentando que entre 25 e 30 bilhões (entre 1,3 a 1,5 bilhões de dólares) deveriam ser investidos por ano.

“Uma em cada três rodovias está em boas condições. Isto resulta em níveis mais baixos de produtividade”, disse ele. “A questão da manutenção virou uma crise no nosso país. Em 2024 praticamente não houve orçamento para isso.”

De acordo com a CMIC, em 2023, o México gastou 4% do seu PIB em atrasos no transporte de mercadorias causados por vários fatores, incluindo infraestrutura rodoviária deficiente.

“O déficit de infraestrutura se reflete em custos logísticos mais elevados no México do que os dos nossos principais parceiros comerciais. Os excessos de custos devidos a deficiências logísticas e de transporte todos os anos são equivalentes ao valor total da produção dos estados de Sinaloa, Durango e Nayarit”, afirmou Méndez.

“O custo dos atrasos no transporte de carga nas 15 principais rodovias atingiu 169 bilhões de pesos [US$ 8,6 bi]. Estamos falando de 464 milhões de pesos por dia”, acrescentou.

A malha rodoviária mexicana compreende 51 mil quilômetros, dos quais 41 mil não têm pedágios.

Em fevereiro, o governo anunciou o cancelamento do programa de manutenção de infraestrutura rodoviária, uma vez que os fundos foram “reservados” pela Secretaria da Fazenda (SHCP), suspendendo, sem qualquer justificativa, mais de 500 licitações envolvendo manutenção de vias.

O programa envolveu 11 bilhões de pesos, mas a CMIC só conseguiu rastrear 4 bilhões de pesos do total, segundo Méndez.

“Descobrimos que os 11 bilhões de pesos que foram congelados não estão no orçamento do primeiro trimestre e aparecem apenas 4 bilhões”, comentou. “Nos anos anteriores, o investimento atingiu entre 13 e 15 bilhões de pesos, sendo 8 bilhões o valor mais baixo. Este ano não foi feito nenhum investimento em manutenção.”

Há cerca de três semanas, a presidente eleita Claudia Sheinbaum deveria ter apresentado o plano de infraestrutura para seu governo, mas isso não ocorreu. Contudo, a CMIC não está preocupada com o atraso, segundo o seu presidente.

“Não gera incerteza. O que nos preocupa são os recursos destinados à infraestrutura no orçamento federal do próximo ano, porque este ano houve uma redução de 30%”, concluiu Méndez.

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