Santiago lança agência de bacias hidrográficas e anuncia portfólio de projetos de US$ 1,6 bi

Uma nova organização para promover a conservação da água na bacia do rio Maipo, a principal fonte de água da capital chilena, Santiago, e dos municípios vizinhos, impulsionará um portfólio de projetos contendo 34 iniciativas com investimentos estimados em 1,49 trilhão de pesos (US$ 1,5 bilhão).

Até agora, três projetos avaliados em 1,12 bilhão de pesos chegaram à fase piloto através de financiamento do governo regional metropolitano, que criou a nova organização de bacias hidrográficas OdCM juntamente com a Fundación Chile, com contribuições dos setores público e privado.

“Existem 50 organizações envolvidas. Não há outro lugar no Chile onde mineradoras, ativistas ambientais, operadores de canais, empresas, municípios, academia, ministérios e o governo de Santiago se reúnam para discutir uma causa comum”, destacou o governador da região metropolitana, Claudio Orrego, durante o lançamento do programa “Maipo Resiliente”.

O portfólio completo de projetos, que inclui obras de infraestrutura, irrigação, reúso de águas residuais, eficiência e conservação hídrica, pode ser consultado aqui, em espanhol.

A implementação dos 34 projetos apresentados ajudaria a região metropolitana a economizar até 560 milhões de metros cúbicos de água por ano, o que equivale a 2,5 vezes a capacidade total do principal reservatório da região, El Yeso.

Segundo o presidente da Fundación Chile, Pablo Zamora, estão em andamento negociações com outros governos regionais para implementar iniciativas semelhantes, além de trabalhos de diagnóstico na região de Magalhães, no sul do Chile.

“Acredito que a decisão do governo metropolitano de apostar nisso define um caminho para os demais atores regionais”, disse ele em resposta a uma pergunta da BNamericas no evento.

Embora muitos dos reservatórios de água do Chile, inclusive os que abastecem Santiago, contenham mais água hoje do que há um ano, as autoridades enfatizaram que a seca que afetou grande parte do país por mais de uma década está longe de terminar e que os esforços de conservação da água devem continuar.