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Schneider Electric avança na digitalização com novos contratos na América Latina

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Schneider Electric avança na digitalização com novos contratos na América Latina

O grupo francês de soluções industriais Schneider Electric está avançando no fornecimento de soluções para digitalização, automação e transição energética na América Latina com novos investimentos e contratos assinados com empresas de energia, mineração e datacenter.

Os contratos com os grupos brasileiros de energia Cemig e Energisa foram formalizados durante o Innovation Summit da empresa, realizado em Belo Horizonte esta semana.

A Schneider também assinou contratos com empresas de nuvem e provedores de datacenter para soluções de automação, gerenciamento de energia e resfriamento.

“Os gigantes da web também têm investimentos próprios em datacenters próprios. O Google é forte no Chile e no Brasil, a AWS no Brasil, e agora entrando no Chile também. São megadatacenters, maiores que os dos hiperescaladores”, afirmou Sebastian Brunno, vice-presidente da divisão Secure Power da Schneider Electric para a América do Sul, à BNamericas.

A divisão Secure Power alimenta provedores de serviços em nuvem, empresas de colocation e gigantes da web, e compete com empresas como Vertiv, Rockwell Automation e ABB.

Impulsionada por grandes investimentos em datacenters no Brasil, Chile e Colômbia, a linha de segmentos de sistemas foi a que mais cresceu na área Secure Power da Schneider nos últimos três anos na região, segundo Brunno.

A Schneider Electric considera como hiperescaladores Equinix, Scala, Odata, Nabiax e Cirion.

No segmento da construção civil, as oportunidades para edifícios verdes não faltam na América do Sul.

A Schneider Electric estima que apenas 10% dos edifícios da América do Sul contem com sistemas para gerenciamento de edifícios (BMS) e somente 2% usem dados para análise e produtividade.

Mais ao norte, a empresa também está reforçando seus investimentos no México, principalmente para atender o mercado norte-americano no formato de nearshoring.

Recentemente, a Schneider Electric anunciou 1,3 bilhão de pesos (US$ 73,8 milhões) em investimentos no México para 2023-2024.

Os recursos serão destinados às plantas de Tlaxcala, Nuevo León e Cidade do México para incentivar o uso eficiente de energia por meio de novas tecnologias, além de políticas para enfrentar as mudanças climáticas.

CONTRATOS

Além dos datacenters e edifícios, as empresas de energia estão impulsionando os negócios da Schneider Electric.

Conforme noticiado pela BNamericas, o contrato com a Cemig vai até 2026 e envolve a implantação de um ADMS (sistema de gestão de distribuição avançado) e módulos relacionados para a operação de distribuição da empresa.

A Cemig atende 9,5 milhões de clientes no estado de Minas Gerais. O projeto já está em andamento.

“No ano que vem, começaremos a operar [o ADMS] no sistema de alta tensão, que é a espinha dorsal de todo esse processo. As principais entregas começam a acontecer na virada de 2024 para 2025”, disse à BNamericas o CIO da Cemig, Luis Villani.

A Schneider também foi contratada como provedor de ADMS para a Energisa, que lista mais de 8,4 milhões de clientes em seu segmento de distribuição no país.

O portfólio total da Energisa abrange nove distribuidoras e 12 concessões de transmissão, totalizando 20 milhões de clientes em 862 municípios em todas as regiões do Brasil.

“Antes de adotar esse sistema, fizemos um projeto de P&D em parceria com a Aneel para entender como seria a operação de uma distribuidora no futuro. Com base nisso, entendemos que o monitoramento de toda a rede é uma das etapas essenciais para que possamos entregar um serviço de qualidade ainda maior aos nossos clientes”, contou Gustavo Valfre, CTIO da Energisa.

Além de permitir unificação e padronização operacional, o ADMS da Energisa é dotado de ferramentas e tecnologia para análise e monitoramento de sistemas de distribuição.

O sistema será implantado gradativamente até 2026 nas nove distribuidoras do grupo.

A Energisa planeja investir R$ 125 milhões (cerca de US$ 25 milhões) no projeto ao longo do período.

O valor inclui sistema, infraestrutura de datacenter, equipamentos, implantação, treinamento dos colaboradores da Energisa e suporte.

O Grupo Energisa lançou em 2017 a iniciativa Centro de Controle do Futuro, cujo principal objetivo foi preparar as concessionárias de distribuição da empresa para a transição energética sob uma estratégia de energia com 4Ds: descarbonizada, descentralizada, diversificada e digital.

Além da Cemig e da Energisa, a Schneider também oferece serviços e soluções de digitalização e automação para a holding Equatorial Energia no Brasil.

“Mais do que oferecer tecnologia, a Schneider Electric firmou uma parceria para apoiar a transformação digital de toda a operação da distribuidora”, afirmou Marcos Mattias, presidente da Schneider Electric no Brasil.

TREINAMENTO

A Schneider também firmou uma parceria com o Senai.

A empresa apoiará os cursos profissionalizantes do Senai em 30 escolas de 10 estados brasileiros.

A meta é capacitar 74.000 pessoas em cinco anos nas áreas de eletricidade industrial, eletricidade predial, fotovoltaica e instalação de eletropostos.

No Brasil, a Schneider afirma ter treinado mais de 35.000 pessoas desde 2009 através de parcerias com institutos de ensino técnico. A meta é chegar a 123.000 até 2025.

Em todo o mundo, o objetivo da Schneider é atingir 1 milhão de pessoas treinadas e ter 10.000 instrutores e 10.000 empreendedores apoiados até 2025.

A Schneider registrou receita de € 34 bilhões (US$ 37,1 bilhões) em 2022. No primeiro trimestre, a receita do grupo atingiu € 8,5 bilhões, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Na gestão de energia, o crescimento na América do Sul foi liderado pela Argentina, “que se beneficiou das ações dos preços, enquanto o Brasil seguiu impactado pelos desafios contínuos da cadeia de suprimentos e mercados residenciais mais fracos”, apontou a empresa em seus resultados financeiros.

O vice-presidente executivo Manish Pant disse durante o evento que mais de 64% das vendas na América do Sul vêm de parceiros.

No Brasil, esse índice é de 68%. Parceiros e clientes no Brasil incluem Metrum, IHM Stefanini, AMC Soluções de Energia, a fabricante de celulose e papel Luzville, Volga e Sempel Paineis Elétricos.

No mundo, a Schneider Electric opera 200 fábricas, das quais 11 são consideradas inteligentes, e 90 centros de distribuição (seis inteligentes).

No Brasil, seu principal mercado na América Latina, a empresa opera uma fábrica, uma instalação inteligente localizada em Blumenau, Santa Catarina, além de um escritório em São Paulo e um centro de distribuição em Cajamar, no estado de São Paulo.

O grupo francês conta com 1.500 funcionários e 7.000 pontos de venda no Brasil.

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