Segmento de transporte de gás natural irá demandar US$ 3,5 bi

Prevê-se que o segmento de transporte de gás natural exija R$ 18 bilhões (US$ 3,5 bilhões) em investimentos até 2030, disse Rogério Manso (foto), CEO da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural (ATGás), à BNamericas.

Os recursos serão destinados a conectar fontes de suprimento, estações de compressão, gasodutos e outras estruturas do sistema de transporte nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do país.

Fonte: ATGás

A maior parte dos investimentos está prevista pela Nova Transportadora do Sudeste (NTS), empresa da Brookfield Asset Management em parceria com a Itaúsa.

As outras duas empresas com investimentos planejados são a Transportadora Associada de Gás (TAG), controlada pela Engie em associação com o fundo canadense CDPQ, e a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), de propriedade da Petrobras.

Manso disse que as empresas transportadoras de gás estão dando prioridade à conexão de novas fontes de abastecimento ao sistema face ao forte crescimento da produção previsto para a segunda metade da década.

“Para o biometano também estão sendo desenvolvidos projetos de conexão e estudados hubs para facilitar e promover o crescimento dessa fonte”, acrescentou.

A NTS opera 2 mil km de rede com capacidade contratual de transporte de 158,2 milhões de m³/d.

Os gasodutos conectam os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo – que respondem por aproximadamente 50% do consumo de gás do Brasil – ao gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), terminais de GNL e plantas de processamento de gás.

A TAG possui e administra 4.500 km de gasodutos nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, com capacidade firme contratada de gás natural de 74,67 milhões de m³/d.

A TBG já transportou até 30 milhões de m³/d de gás natural brasileiro e boliviano por meio de seu gasoduto de 2.593 km, que atravessa os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Mas os volumes da Gasbol diminuíram nos últimos anos, principalmente como consequência da redução da oferta boliviana ao Brasil.