Segundo projeto de GNL da New Fortress em Tamaulipas pode custar US$ 2,5 bi

A segunda instalação de exportação de GNL da empresa norte-americana New Fortress Energy no estado mexicano de Tamaulipas poderia envolver dois sistemas onshore de trens de liquefação, com capacidade para 1,4 MMt/ano, no porto de Altamira. O projeto exigiria um investimento total de US$ 2,5 bilhões.

“Queremos instalar uma unidade onshore em Altamira e ter uma reação e interação positiva com os mexicanos”, disse o CFO da empresa, Christopher Guinta, a analistas durante uma teleconferência de resultados realizada nesta quarta-feira (8). O executivo também divulgou estimativas de capacidade e investimentos.

A empresa está prestes a instalar dois sistemas offshore de liquefação, de 1,4 MMt/ano, na costa de Altamira, na instalação batizada de FLNG1, cujos trabalhos começaram em março de 2021. No entanto, a companhia divulgou na semana passada que estava pensando em adicionar uma instalação de exportação onshore, FLNG2, o que levou o Departamento de Energia dos EUA (DOE) a solicitar esclarecimentos, já que a expansão onshore envolveria uma nova licença.

“Resolvemos o problema… Eles concordaram conosco, então isso não é um problema para nós agora”, comentou Guinta.

“No momento, estamos focando apenas na primeira unidade, a ser implantada na costa de Altamira, e avaliando onde instalaríamos unidades adicionais. Como discutimos anteriormente, temos locais com licenciamento offshore no México, que contam com licenças agora, para dois trens, e estamos com processos de autorização para até dois trens onshore e dois trens em Louisiana”, adicionou.

O projeto FLNG1, que envolve uma primeira fase de US$ 1,3 bilhão, é uma parceria público-privada entre a empresa e a concessionária federal de energia do México (CFE). O ativo deve se tornar o primeiro projeto de GNL no portfólio do país a entrar em operação este ano.

Os executivos esperam concluir o comissionamento do projeto até dezembro, após alguns atrasos.

“Nos últimos 60 dias, as duas plataformas restantes foram transferidas do local de construção, em Corpus Christi, para sua residência permanente em Altamira. Todas as três sondas foram colocadas em posição, conectadas entre si e ligadas ao gasoduto submarino”, explicou Guinta, acrescentando que espera “ver as primeiras gotas de GNL nas próximas semanas”.

Em setembro, a NFE colocou em operação a usina La Paz, de 135 MW, no estado de Baja California Sur. Agora, a empresa seguirá com a venda do ativo ao governo mexicano.

“Temos um acordo para vender a central à CFE em 2024, mas a NFE continuará sendo proprietária do terminal até lá, além de fornecer gás à usina até o fechamento da venda. Enquanto isso, a NFE retém o montante associado à geração de energia e sua venda ao mercado local”, disse Guinta.