Sem acordo, siderúrgica mexicana Ahmsa inicia falência
A siderúrgica mexicana Altos Hornos de México (Ahmsa) informou que entrará em fase de falência após não conseguir chegar a acordo com seus credores, embora continue trabalhando na captação de investidores para sua capitalização.
Expirou uma segunda prorrogação de 90 dias para que a empresa negociasse com seus credores o fim da falência, sem chegar a acordo sobre o dinheiro devido pela empresa sediada no estado de Coahuila. A siderúrgica, cujas dívidas superam US$ 1 bilhão e a obrigaram a passar por um processo de recuperação judicial, exigiu que todos os credores assinassem até 4 de agosto o acordo que permitiria a sua capitalização e posterior retomada das atividades comerciais, suspensas gradualmente a partir do final de 2022.
“Após concluir a última prorrogação da fase de conciliação do seu processo de falência, a Altos Hornos de México entrará na fase de falência, cuja declaração será emitida a qualquer momento pela titular do Segundo Tribunal Distrital, Ruth Haggi Huerta”, informou a siderúrgica em nota enviada à Bolsa de Valores Mexicana.
Nesta nova etapa, o Instituto Federal de Especialistas em Falências Comerciais nomeará um síndico que assumirá o controle da empresa.
A Ahmsa informou que a atual administração, apoiada pelo seu assessor financeiro Rothschild & Co e sob a supervisão do conciliador Víctor Aguilera, realiza um processo ativo para atrair grupos nacionais e estrangeiros interessados em capitalizar a empresa, visando retomar as operações o mais rápido possível.
“Estão sendo realizadas negociações com sete potenciais investidores e empresas siderúrgicas, dois dos quais já realizaram visitas de due diligence, e mais estão previstas nas próximas semanas para avaliar a situação dos ativos e determinar a viabilidade da operação”, acrescentou a siderúrgica.
Além disso, caso se chegue a um acordo nos próximos meses, a empresa poderá ser reativada, preservando a fonte de emprego em Coahuila.
Os líderes sindicais, tanto em Coahuila como a nível federal mexicano, alertaram que o pior cenário para os trabalhadores da Ahmsa é que os ativos sejam desmantelados e vendidos em partes, o que normalmente é o cenário mais viável após a declaração de falência.
Em julho do ano passado, o fundo norte-americano Argentem Creek prometeu injetar US$ 200 milhões para reativar as operações, mas a siderúrgica nunca recebeu o capital.
A Ahmsa informou no mês passado que continuou trabalhando paralelamente para concretizar o acordo com o investidor que inicialmente apresentou proposta de financiamento, após resolução dos créditos tributários impostos pela autoridade fiscal SAT e outras contingências, embora não tenha especificado o nome do investidor.
Raymundo Díaz, diretor de ações e operações da Capital Analysts, comentou recentemente à BNamericas que, segundo suas estimativas, a Ahmsa precisava de pelo menos US$ 2 bilhões para começar a se acertar com os credores, pagar as dívidas com governo e reativar pelo menos a Planta 1.
Enquanto isso, Napoleón Gómez Urrutia, líder do sindicato nacional dos trabalhadores mineiros, metalúrgicos, siderúrgicos e similares, alertou que o colapso da Ahmsa representa um enorme desafio para o futuro governo de Claudia Sheinbaum, uma vez que quase 20 mil trabalhadores, muitos deles altamente especializados, dependem diretamente na siderúrgica e nas minas associadas.
“A maioria dos colegas da Ahmsa permaneceram no sindicato, com o seu contrato coletivo, que era um dos melhores e que, infelizmente, vão perder. Nosso departamento jurídico irá lutar, porque no processo os direitos trabalhistas vêm em primeiro lugar, mas a realidade é que o juiz da falência é quem vai decidir, com base nos recursos que a empresa possui, como eles serão distribuídos”, declarou Gómez Urrutia, que também é senador pelo partido governista Morena, ao La Jornada.
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