Sempra Infrastructure avalia potencial de GNL e armazenamento de gás natural no México
A Sempra Infrastructure (SI) está tentando estreitar seu relacionamento com o governo mexicano para avançar em projetos de gás natural, revelou um representante da empresa à BNamericas.
Os possíveis projetos para a subsidiária da gigante de energia norte-americana Sempra focada no México incluem uma expansão da capacidade de armazenamento de gás natural e a busca por oportunidades que possam surgir em paralelo com os projetos de logística e infraestrutura derivados do acordo USMCA para unir a costa oeste do México ao polo energético da Sempra no Texas e na Louisiana.
Respondendo a uma pergunta da BNamericas, um porta-voz da companhia disse que a empresa “continuará trabalhando em estreita colaboração com o governo para construir infraestrutura para apoiar iniciativas [prioritárias] que favoreçam o desenvolvimento nacional e regional”.
A SI é uma das três empresas, junto com a New Fortress Energy e a TC Energy, que ganharam as manchetes em 2022 com as parcerias no valor de US$ 12,5 bilhões anunciadas em julho para projetos de energia que envolvem terminais de GNL, novos dutos e empreendimentos de E&P em águas profundas.
As iniciativas chegam em um momento de incerteza para o investimento privado em projetos de energia no México.
Bilhões de dólares em investimentos vinculados a projetos privados de energia, de renováveis, em particular, estão paralisados devido a políticas do governo que favorecem os interesses energéticos estatais sobre a estrutura de livre mercado promulgada pela administração anterior nas reformas de 2013-2014.
A SI, no entanto, anunciou um memorando de entendimento com o governo para avançar no desenvolvimento de infraestrutura de energia crítica.
Entre as iniciativas estão o redirecionamento do gasoduto Guaymas-El Oro, no estado de Sonora, o projeto proposto de GNL Vista Pacífico, em Topolobampo, no estado de Sinaloa, e o desenvolvimento de um terminal de GNL em Salina Cruz, estado de Oaxaca.
Na última terça-feira (27), o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO) mencionou planos de construir um terminal de GNL avaliado em US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões no Golfo do México, no extremo norte do istmo de Tehuantepec.
O porta-voz acrescentou que o Vista Pacifico se soma ao avanço contínuo do projeto do terminal de GNL Energia Costa Azul (ECA), na Baja California, à medida que avaliam possibilidades de exportação para a Ásia pelo oeste.
Olhando para a Europa, a SI também pretende ampliar as exportações de sua unidade de GNL de três trens Carmeron, capaz de exportar cerca de 12 MMt/ano (milhões de toneladas por ano) de GNL e “possivelmente, no futuro, a partir do terminal em desenvolvimento em Port Arthur, no Texas, já que a SI está estudando como usar ativos dos EUA e do México para exportar para leste e oeste”.
Pensando no futuro, de acordo com o porta-voz, a SI quer desenvolver projetos que “ajudem a CFE [concessionária estatal] a usar o excesso de gás natural e a capacidade de gasodutos, além de fornecer gás natural aos mercados globais”.
A capacidade não utilizada da CFE passou a ser um problema prioritário, com a Secretaria da Energia do México (Sener) ordenando em junho que compradores privados de gás natural adquiram exclusivamente da operadora de rede de gás estatal Cenagas ou direto da petroleira nacional Pemex – uma ordem que gerou ações judiciais e pode levar anos para ser resolvida nos tribunais.
Com seu compromisso de trabalhar em estreita colaboração com o governo, a SI surgiu como o exemplo mais claro de como as empresas privadas ainda podem avançar em projetos de energia no México, apesar dos esforços do governo AMLO para revigorar e reafirmar o domínio de mercado da CFE e da Pemex.
A estratégia de oferecer soluções para o governo e empresas estatais pode ajudar a SI a assumir projetos no México nos próximos anos, particularmente porque o partido do presidente (Morena) é o grande favorito para as eleições presidenciais de junho de 2024.
A vitória de um sucessor do Morena em 2024 poderia consolidar a agenda de AMLO durante seu mandato, que duraria até 2030.
E a SI está sinalizando que está pronta para manter o relacionamento próximo com o novo governo.
“Com nosso trabalho, oferecemos aos responsáveis pela tomada de decisões e formuladores de políticas todas as ferramentas necessárias para atingir seus objetivos em termos de segurança energética e metas ambientais”, destacou o porta-voz da Sempre Infrastructure.
Além do USMCA expandindo os laços energéticos entre os EUA e o México, a indústria de gás natural também se beneficia do fenômeno global mais amplo conhecido como reshoring ou nearshoring.
Esse subproduto da pandemia de Covid-19 visa posicionar as cadeias de suprimentos mais perto das operações domésticas e reduzir a dependência de fornecedores no exterior.
Além disso, incidentes como o congelamento do Texas, em fevereiro de 2021, e o aumento global na demanda de gás com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro deste ano, ressaltam a necessidade de o México aumentar a capacidade de armazenamento.
“Independentemente da volatilidade do mercado, o México precisa de mais capacidade de armazenamento de gás natural para garantir a segurança energética nacional e garantir um acesso confiável, seguro e eficiente aos combustíveis, dando segurança aos distribuidores e clientes em geral”, disse o representante da empresa.
“Isso, além de tudo, gera um impacto positivo em toda a cadeia de valor do setor de energia.”
A empresa está, portanto, avaliando a meta do governo de estabelecer 45 Bf³ (bilhões de pés cúbicos) de capacidade de armazenamento de gás natural. “A Sempra Infraestrutura estaria interessada em participar se o governo decidir envolver o setor privado na construção e operação da infraestrutura necessária para alcançar essa meta”, completou.
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