Setor de energia geotérmica do México oferece subsídio para exploração

A Associação Geotérmica Mexicana (AGM) propõe um subsídio para financiar a exploração que seria assegurado pelas receitas petrolíferas do país, após uma série de tentativas fracassadas de promover fonte renovável de energia sob a atual administração.

“Como a energia geotérmica requer incentivos financeiros para sua exploração e desenvolvimento, ela poderá ser custeada pela indústria petrolífera e pelas receitas do nosso país, pois acredito que a Petróleos Mexicanos [Pemex] e a indústria petrolífera, em geral, poderiam pagar um bônus de descarbonização para incentivar a exploração e a perfuração geotérmica”, disse o presidente da associação, Heber Díez León, ao site de notícias Energía a Debate.

Sob a gestão do presidente Andrés Manuel López Obrador, autoridades como o Instituto Nacional de Eletricidade e Energia Limpa (INEEL) e o congresso não conseguiram promover a geração geotérmica.

O senado rejeitou um projeto de lei em fevereiro que visava declarar os poços geotérmicos um ativo da nação e, desse modo, incluir a fonte renovável na transição energética do país.

A BNamericas informou em agosto que o governo e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pretendiam relançar uma licitação para a perfuração de poços geotérmicos depois de a licitação de um ano atrás não ter recebido propostas. Mas nenhuma atualização adicional foi divulgada.

O México possui atualmente 964 MW de capacidade geotérmica em quatro unidades. A maior é Cerro Prieto, localizada na Baixa Califórnia, com 720 MW; seguida por Los Azufres, em Michoacán (188 MW); Los Humeros, em Puebla (40 MW); e Las Tres Vírgenes, na Baja California Sur (16 MW).