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Setor de mineração do Peru continua atrativo, apesar da perda de competitividade

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Setor de mineração do Peru continua atrativo, apesar da perda de competitividade

O Peru continua sendo um local atrativo para fazer negócios no setor de mineração, apesar da perda de competitividade nos últimos anos, mas precisa aproveitar seu potencial antes que a demanda por cobre não seja mais tão alta.

O país não é apenas um dos principais produtores de metais como cobre e estanho, também tem um dos níveis de custo caixa mais baixos do mundo e o território explorado é ainda menor se comparado a países como Chile e Austrália.

A afirmação foi de Diego Macera, diretor do centro de estudos econômicos IPE e membro do conselho de administração do Banco Central, na convenção Expomina 2024, realizada na capital peruana.

Segundo Macera, enquanto outros países exploram e extraem minerais em territórios conhecidos e com técnicas mais avançadas – e mais caras –, o Peru tem a opção de continuar produzindo com baixo custo porque ainda há muito material para ser extraído de maneira barata.

“Mesmo que o preço do cobre caia, o que é improvável, a maioria dos projetos no Peru continuaria competitiva, algo que não acontece, necessariamente, em outros países”, disse Macera. Segundo ele, o custo caixa do cobre no Peru é de pouco menos que US$ 1/lb, enquanto a média global ultrapassa US$ 1,25/lb.

Na exploração, Macera destacou que o Peru está em terceiro lugar em quantidade de reservas de cobre, e até agora não houve muita atividade de exploração em termos de profundidade. Segundo o IPE, o país é o principal produtor de zinco, estanho e chumbo da América Latina e o segundo de ouro, cobre, prata e molibdênio.

RISCO

Embora estes fatores estruturais permitam que o país continue atrativo, apesar da deterioração em outras frentes, como excesso de licenças, conflitos sociais e tempo médio para lançar um projeto, o risco é que o Peru não aproveite o boom do cobre e que um substituto para o metal seja encontrado, deixando o país mais uma vez com um produto primário de exportação não utilizado.

Segundo Macera, e utilizando o índice de competitividade do Fraser Institute, apesar de ter superado 83% dos países mineradores medidos no ranking e ser um dos locais mais atrativos em 2014 (recebendo US$ 8,5 bilhões em investimentos em mineração), no final de 2023 foi melhor que apenas 30%, recebendo US$ 4,71 bilhões em investimentos.

“O fato de ter mobilizado quase US$ 8,5 bilhões há 10 anos significa que não é algo impossível, que existia espaço econômico para isso, e hoje deveria haver uma capacidade igual ou maior para chegar a esses níveis”, disse Macera.

Ele alertou também que, embora neste momento o mundo esteja longe de encontrar um substituto para o cobre, o Peru precisa aproveitar o boom e não manter boa parte do mineral no subsolo. “O processo de transição energética demora, mas não é infinito. Se observarmos todos os processos anteriores, eventualmente serão encontrados substitutos e os preços elevados desencadeiam investimentos para substituí-los”, concluiu Macera.

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