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Setor peruano de infraestrutura segue preso em um círculo vicioso

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Setor peruano de infraestrutura segue preso em um círculo vicioso

O Peru não consegue reduzir suas lacunas no setor infraestrutura, mesmo com decretos e regulamentos emitidos para facilitar o progresso dos projetos.

Um total de 2.256 obras, com investimentos associados de 36,1 bilhões de soles (US$ 9,69 bi), foram paralisadas no primeiro semestre, com saldo pendente de execução de 17,2 bilhões de soles, segundo relatório da Controladoria-Geral peruana.

Você pode acessar o relatório (em espanhol) na seção Documentos, no canto superior direito desta tela.

No primeiro trimestre, a Controladoria informou 2.324 obras paralisadas, com investimentos de 33,2 bilhões de soles, superando as 1.746 obras para 22,9 bilhões um ano antes, quando os fenômenos climáticos apresentavam maiores riscos.

Embora o número de projetos tenha diminuído na comparação trimestral, os investimentos associados aumentaram, o que sugere a necessidade de melhor acompanhamento das obras em andamento.

Do total, 494 projetos ficaram paralisados no primeiro semestre por descumprimento de contratos, 484 por falta de recursos, 147 por discrepâncias e arbitragens e 102 por conflitos sociais. O restante por deficiências de registros técnicos, eventos climáticos ou simplesmente abandono.

No 2º trimestre, foram desbloqueadas 447 obras, avaliadas em 2,44 bilhões de soles, mas 379 projetos – cujo capex chega a 5,57 bilhões – foram paralisados. Alguns dos projetos paralisados, como estações de tratamento ou autoestradas, implicam elevados custos sociais e consequências a longo prazo.

O déficit de infraestrutura do Peru atingirá 363 bilhões de soles até 2039.

De todas as obras paralisadas, 182 estão com avanço entre 20% e 30% e um orçamento pendente de execução de 4,92 bilhões de soles. Outras 513 reportam pelo menos 80% e contam com 1,34 bilhão de soles em recursos para execução.

Projetos mais avançados podem ser desbloqueados com relativa facilidade se os governos locais receberem os fundos necessários e os alocarem de forma eficaz.

REGIÕES

Com 321, Cusco registou o maior número de projetos parados em junho – superando os 302 de março –, com uma avaliação total de 2,11 bilhões de soles e 784 milhões de execução pendente. Segue-se Puno, que passou de 288 para 266, com um orçamento total de 1,56 bilhão de soles e 742 milhões por executar.

La Libertad tinha 74 projetos avaliados em 5,31 bilhões de soles, com saldo pendente de 3,61 bilhões. No caso de Arequipa, houve 107 projetos paralisados, para 4,15 bilhões, além de 2,24 bilhões de saldo pendente.

A região de Lima reduziu o número total de projetos bloqueados de 180 para 168, mas as iniciativas de investimento mais elevadas foram paralisadas e o custo total dos projetos pendentes aumentou de 3,17 bilhões para 3,56 bilhões de soles. O saldo a executar passou de 976 milhões para 1,18 bilhão.

SETORES

Do total de projetos parados, 632 – para um total de 10,7 bilhões de soles – correspondem ao setor de comunicações e transportes. Deste valor, 46 iniciativas estão a cargo do governo peruano, 82 dos governos regionais e 504 das administrações locais.

Na sequência está o setor de construção e a água, com 492 obras paralisadas, para um valor de 6,63 bilhões. Destes, 76 estão associados ao governo peruano, 47 aos governos regionais e 369 às administrações locais.

Energia e mineração concentraram 73 projetos parados, para 396 milhões de soles, enquanto o restante foi distribuído entre educação, agricultura, saúde e outros setores.

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