Sheinbaum prevê bonança na energia eólica mexicana até 2030

Até 2030, a energia eólica mais que dobrará sua contribuição para a produção de eletricidade no México, de acordo com uma estratégia industrial lançada pela presidente Claudia Sheinbaum nesta segunda-feira (13).

A participação da energia eólica na geração total de eletricidade no país deverá aumentar de 5,8% em 2024 para 12,9% em 2030.

Em termos absolutos, a produção dos parques eólicos mexicanos quase triplicará, subindo de 20,5 para 53,2 TWh/ano.

Enquanto isso, a energia solar fotovoltaica aumentará sua participação na produção de eletricidade de 5,2% para 8,3%, enquanto a contribuição da energia hidrelétrica aumentará de 5,9% para 7,5%.

Sheinbaum discursou na Cidade do México no lançamento de seu plano industrial, denominado Plano México.

O país produzirá 33,5% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis em 2030, de acordo com um slide apresentado por Sheinbaum, incluindo energia solar, eólica, hidrelétrica, geotérmica e geração distribuída.

Essas fontes contribuíram com 19,4% da eletricidade do México em 2024, com base em cálculos da BNamericas a partir de dados contidos no slide.

A produção total de eletricidade do México deverá aumentar em 16% entre 2024 e 2030, mostra o documento, passando de 356 para 413 TWh/ano.

As usinas de gás natural de ciclo combinado continuarão a dominar a matriz energética mexicana, gerando cerca de 58,9% da eletricidade total do país em 2030, em comparação com 59,8% em 2024.

O slide (em espanhol) pode ser baixado na caixa Documentos no canto superior direito da tela.

LEGISLAÇÃO

Investidores privados serão essenciais para desbloquear o potencial de energia eólica do México, segundo analistas.

Na semana que começa em 3 de fevereiro, o governo publicará uma legislação secundária determinando como as empresas privadas poderão investir no setor de energia, revelou Sheinbaum.

A estatal de energia elétrica CFE controlará 54% do mercado de geração, com os 46% restantes disponíveis para o setor privado.

A CFE continuará detendo o monopólio no setor de transmissão. Até 2030, serão desenvolvidos 145 projetos de transmissão, acrescentou a presidente.