Sparkle ativa 15º ponto de presença brasileiro em site da Elea

A Sparkle, unidade de interconectividade e cabos submarinos da Telecom Italia, abriu um ponto de presença (ou PoP, como é conhecido em inglês) em Brasília, hospedado nas instalações da Elea Data Centers.

Este é o 15º PoP da Sparkle no Brasil e o primeiro na capital do país. A empresa tem PoPs em datacenters em Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre.

Em Brasília, a estrutura é hospedada no datacenter BSB2 da Elea. Na semana passada, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) anunciou que hospedará um de seus datacenters nacionais no mesmo site.

Nos últimos meses, diferentes empresas de dados e conectividade escolheram os datacenters da Elea para hospedar suas estruturas.

Além da RNP, a operadora alemã de interconectividade DE-CIX – considerada a principal provedora de troca de tráfego de internet do mundo – selecionou os sites SP01 e RJO1 da Elea para hospedar duas de suas novas trocas de tráfego de internet no Brasil.

Para a Sparkle, ter um nó de rede em Brasília expande sua capacidade de interconexão além dos hubs tradicionais e dá suporte à crescente demanda por conectividade internacional no país.

“O PoP é totalmente integrado ao backbone global de IP Tier-1 da Sparkle, denominado Seabone, que possui ampla cobertura na América Central e do Sul, com 18 pontos de presença na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Panamá, Peru e Porto Rico”, disse a empresa em um comunicado.

A Sparkle também possui pares de fibras nos cabos submarinos Curie, Monet e Seabras-1, e em breve também no Manta, o que lhe garante cinco rotas alternativas para conectividade da América do Sul para a América do Norte.

Segundo a empresa, o novo PoP permitirá que operadoras de rede, ISPs, OTTs, redes de distribuição e provedores de conteúdo e aplicativos troquem conteúdo globalmente por meio de serviços de trânsito IP de baixa latência, com capacidades de 10 GB, 100 GB e 400 GB.

PROPRIEDADE E EXPANSÃO

Em meio à sua expansão, a Sparkle pode em breve mudar de mãos e tornar-se parcialmente controlada pelo governo italiano. Para além das que questões financeiras, este movimento está relacionado à importância estratégica que os cabos submarinos adquiriram para os países no contexto da nova geopolítica tecnológica.

Enquanto isso, a Sparkle continua com seus planos de crescimento, os quais incluem o projeto Manta, aprimoramento de capacidade e potenciais novos PoPs no México e na Colômbia, conforme revelou à BNamericas em entrevista no ano passado Mauricio Traverso, vice-presidente da Sparkle para as Américas.