SQM segue firme com seu plano de expansão da produção de lítio no Chile

A principal produtora de lítio do Chile, a SQM, contribuiu com mais de US$ 1 bilhão para o Tesouro durante o primeiro trimestre em sua parceria público-privada com a agência estatal de desenvolvimento Corfo, de acordo com seu relatório de resultados do primeiro trimestre.

A SQM continua com seus planos de ampliar a produção desse metal para atender uma demanda mundial que crescerá este ano em pelo menos 20%.

Os planos, tanto no Chile quanto no exterior, giram em torno de US$ 1,2 bilhão este ano, incluindo o avanço da expansão de sua planta química Carmen, localizada na região de Antofagasta, e a preparação de informações técnicas para desenvolver o projeto de US$ 1,50 bilhão Salar Futuro, no salar do Atacama.

Uma componente essencial do Salar Futuro será a incorporação de tecnologias avançadas de evaporação para uma “parte significativa” das salmouras e a aplicação do método de extração direta para reduzir a extração de salmouras e a sua injeção no aquífero, reduzindo a bombagem média em 50%, conforme autorizado até 2030, diz a mineradora na descrição do projeto.

A SQM estima que as novas tecnologias melhorarão o desempenho e aumentarão a produção de carbonato de lítio e hidróxido de lítio em pelo menos 5%. Da mesma forma, o projeto considera o uso de água do mar por meio de uma usina de dessalinização para reduzir a pegada hídrica e avançar para a neutralidade de carbono.

No primeiro trimestre, a mineradora registrou receita total de US$ 2,26 bilhões, o que corresponde a um aumento de 12% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido caiu para US$ 750 milhões em comparação com US$ 796 milhões no primeiro trimestre de 2022.

“No negócio do iodo observamos preços médios recordes e volumes de vendas elevados e no negócio do potássio assistimos a uma recuperação dos volumes de vendas”, afirmou o CEO da empresa, Ricardo Ramos, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (17).

No entanto, as vendas de lítio caíram em volume.

“As compras antecipadas no trimestre anterior, a mudança nos subsídios para veículos elétricos na China e o alto nível de estoques ao longo da cadeia de fornecimento de baterias levaram a uma demanda mais fraca no início deste ano, principalmente da China”, acrescentou.

Apesar disso, o executivo estima que as vendas de lítio voltem a se recuperar no restante do ano, em uma tendência mundial de eletromobilidade. As vendas de lítio e derivados aumentaram 13,8%, para US$ 1,64 bilhões.

No ano passado, as receitas da SQM com lítio e derivados dispararam 771%, para US$ 8,15 bilhões.