Subsídios aos transportes representam a maior parte do orçamento do ministério no Chile

Os subsídios continuarão representando a maior parte do orçamento do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTT) do Chile no ano que vem, com uma alocação de 1,47 trilhão de pesos (US$ 1,56 bilhões) para custos operacionais.

O número equivale a 85% do total destinado à pasta em 2024, de 1,73 trilhão de pesos, assumindo que o projeto de lei orçamentária seja aprovado conforme apresentado.

O valor referente aos subsídios aos transportes é 10,1% superior ao orçamento de 2023, e os operadores do setor privado receberiam 1,46 trilhão de pesos, de acordo com documentos apresentados à comissão do orçamento no Congresso.

O montante é destinado ao transporte público fora da região metropolitana de Santiago (18 bilhões de pesos), ao transporte público nacional (412 bilhões de pesos), às tarifas mais baixas de transporte para idosos nas regiões (31 bilhões de pesos) e em Santiago (59 bilhões de pesos) e ao sistema Transantiago da capital (946 bilhões de pesos). 

“Não é uma questão de recursos. O ministério precisa resolver um problema de gargalo extremamente complicado, que é dramático para os operadores de transporte”, disse o senador David Sandoval, que representa a região de Aysén, do partido de oposição de direita UDI, durante uma audiência pública com as autoridades do MTT.

Segundo ele, como os subsídios também devem ser autorizados pelo controlador, alguns pequenos e médios operadores de transportes registam atrasos de até cinco meses nos pagamentos, o que está afetando suas operações.

Sandoval também questionou os recursos destinados à região metropolitana de Santiago em comparação com o restante do país.

Devido ao grande volume de recursos alocados para os subsídios, a comissão do orçamento concordou em realizar uma sessão separada para tratar do assunto em 23 de outubro.