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Telefónica divulga metas para 5G, B2B e serviços digitais no Brasil
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O lançamento de serviços digitais, o upselling via pacotes que combinam fibra e 5G, e os projetos corporativos envolvendo redes privadas e nuvem estão na vanguarda da nova estratégia da Telefônica Brasil.
Revelada pelos principais executivos da empresa no Investor Day, realizado nesta terça-feira (5) em São Paulo, a estratégia tem como foco alavancar a receita por usuário, melhorar margens, cortar custos e proteger participação de mercado.
Como parte de suas principais iniciativas, a maior operadora de telecomunicações do Brasil solicitará uma licença SCD (Sociedade de Crédito Direto) junto ao Banco Central para poder oferecer produtos de crédito e seguros diretamente.
O objetivo é enviar o pedido ainda este mês e a aprovação está prevista para dentro de 12 meses, disse o CEO Christian Gebara aos jornalistas no evento.
Com a licença, a empresa de telecomunicações também poderá cortar custos, uma vez que não será mais forçada a depender de parcerias com seguradoras e outras empresas de serviços financeiros.
Outros players com licença SCD incluem Mercado Livre e Nubank. Há cerca de 50 empresas com esta licença no país.
ENERGIA
A joint venture da Telefônica com a Auren Energia para comercialização de energia renovável no mercado não regulamentado deverá entrar em operação no segundo semestre, uma vez que já garantiu todas as aprovações necessárias dos reguladores no Brasil e na Europa.
Respondendo a uma pergunta do BNamericas, Gebara comentou que Auren será a única joint venture da Telefônica para o mercado de energia no Brasil. A operadora está atualmente em processo de decisão sobre a marca e a equipe de gestão da operação, acrescentou.
A joint venture também marca a adoção da comercialização de energia pela Telefônica como uma nova fonte de receita para diversificar sua geração de receitas.
Por meio de acordos de compra de energia (PPAs) com empresas de geração distribuída, a Telefônica possui 67 usinas renováveis atendendo suas operações, de um total planejado de 85 que deverão gerar mais de 700 GWh/ano.
CORPORATIVO
Para o mercado B2B e corporativo, a estratégia para os próximos trimestres inclui novos projetos de conectividade, bem como a oferta de serviços gerenciados e em nuvem além do negócio de redes.
A operação de datacenters da Telefônica inclui parceiros como Commvault, Solar Winds e Net Apps. A empresa também vende serviços de nuvem pública corporativa da AWS, Microsoft, Google, Oracle, IBM e Huawei.
A empresa afirma ter mais de 40 mil clientes corporativos no Brasil e ser líder em termos de implantação de redes privadas. Petrobras, Vale e empresas de logística estão entre os clientes da rede privada.
“Estamos muito otimistas com essa linha. Ganhamos um novo e importante cliente industrial com o qual vamos trabalhar a implementação de uma rede privativa agora”, disse à BNamericas durante o evento Débora Bortolasi, diretora de B2B da Telefônica.
Ela também comentou que, na Petrobras, a empresa realiza atualmente testes para a potencial migração da rede privada 4G para 5G.
IA GENERATIVA
No segundo semestre, a operadora planeja ativar uma ferramenta de IA generativa (genAI) para interação direta com os consumidores.
Hoje todos os call centers da empresa operam com suporte do serviço CoPilot da Microsoft, segundo os executivos. A ideia é usar gradativamente a genAI para ler e responder a algumas demandas dos clientes, com supervisão humana.
Em seu aplicativo Vivo, a ferramenta de IA Aura está incorporando recursos de genAI e deve começar a interagir gradativamente com clientes selecionados, a partir deste ano.
Ainda no segundo semestre, as ferramentas de genAI começarão a ser utilizadas nas lojas da empresa para apoiar o processo de vendas.
O plano da Telefônica é que suas cerca de 1,8 mil lojas espalhadas pelo Brasil se tornem pontos de venda de aparelhos eletrônicos, além de smartphones e tablets.
A operadora afirma ser a décima maior varejista do país quando medida em número de lojas.
INVESTIMENTOS
O objetivo é que a relação capex/receita continue a cair abaixo de 17% nos próximos anos, disse Gebara. Em 2022, fechou em 19,8% e no final de 2023 o valor caiu para 17,2%. A diretriz definida pelo grupo é que suas operações convirjam gradativamente para um patamar em torno de 12%.
A relação capex/receita da Telefónica Hispanoamérica foi de 9,4% no ano passado, enquanto o índice de todo o grupo ficou em 13,3%.
O pico dos investimentos brasileiros da empresa ocorreu em 2022, com a combinação de gastos relacionados à aquisição da Oi e investimentos obrigatórios após o leilão de 5G do país. Em 2023, a Telefônica investiu R$ 9 bilhões (US$ 1,82 bi).
A Telefônica também afirma ter investido mais de R$ 530 bilhões desde que entrou no Brasil, em 1998, quando o setor foi aberto a empresas privadas.
No final do ano passado, a Telefônica contava com 113 milhões de acessos de telecomunicações, liderando nos segmentos pós-pago, pré-pago e banda larga via fibra.
A aposta da empresa é conquistar clientes em locais que já possuem acesso a redes de fibra. A empresa encerrou 2023 com 24 milhões de domicílios repassados, dos quais 6,2 milhões eram clientes.
A empresa pretende atingir 60% da população coberta pela sua rede 5G em 2026, superando os 47% atuais, comentou o CRO Alex Salgado no evento.
Os clientes de 5G da Vivo consomem 38% mais dados do que aqueles com 4G, o que “abre oportunidades de monetização de negócios”, afirmou Dante Compagno, diretor de B2C.
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