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TIM vai conter expansão da fibra e se concentrar em novos contratos

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TIM vai conter expansão da fibra e se concentrar em novos contratos

A brasileira TIM reduzirá o ritmo de sua expansão da fibra para se concentrar na conversão de clientes nas localidades onde opera essas redes, revelou o CEO Alberto Griselli em entrevista coletiva sobre os resultados do segundo trimestre.

“Estamos satisfeitos com a cobertura que temos hoje. Vamos provavelmente focar em consolidar nossa operação nas cidades onde já estamos presentes. A ideia não é expandir muito horizontalmente, mas mais verticalmente”, disse Griselli (foto) em resposta a uma pergunta da BNamericas.

Para a expansão de sua operação de fibra, a TIM conta com a I-Systems, rede neutra que possui com a empresa de infraestrutura IHS, além de acordos para uso da rede neutra da V.tal, controlada por fundos do BTG Pactual e pela Oi.

Tanto a IHS quanto a V.tal permitiram que a TIM expandisse a fibra de cerca de 40 localidades, há um ano, para mais de 80.

A IHS se concentra no estado de São Paulo, enquanto a V.tal chega a outras regiões brasileiras. Com isso, a TIM consegue complementar geograficamente sua estratégia de fibra. A mais recente parceria com a V.tal, por exemplo, envolveu os estados do Paraná e Santa Catarina.

A expansão permitiu que a TIM conquistasse clientes mais rápido, segundo Griselli. A telco está crescendo a uma taxa líquida de 30.000 clientes por trimestre, acima dos 10.000 antes das parcerias, comentou ele.

A base de clientes do TIM UltraFibra totalizou 761.000 acessos no segundo trimestre, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o relatório de resultados. O número de casas passadas chegou a 9,2 milhões, alta de 5,5%. De acordo com os dados mais recentes da Anatel, a TIM detinha 1,9% do mercado brasileiro de banda larga de fibra no final de junho.

“Somos uma operadora [de fibra] relativamente pequena em comparação com os principais players. Mas temos uma operação ‘ajustada’. Temos a maior ARPU do mercado, nossa ARPU de aquisição está crescendo, a velocidade média de uso está aumentando e acabamos de lançar uma oferta de 2 GB, sendo os primeiros a lançar isso”, disse Griselli.

Embora a TIM continue aberta a parcerias com outras redes de fibra neutra, como FiBrasil e American Tower, desde que sejam geograficamente complementares e comercialmente estratégicas para a telco, esses acordos são pouco prováveis agora.

“Vamos expandir se as condições de mercado nos permitirem”, completou Griselli.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Para Griselli, os efeitos da reforma tributária para as operadoras brasileiras dependerão de leis complementares que serão votadas em 2024 e da alíquota do imposto unificado, que ainda não foi definida. A reforma ainda precisa de aprovação do Senado.

A CFO Andrea Viegas acrescentou que a reforma terá um longo período de transição, de 2026 a 2033. “Por enquanto, o impacto é neutro, mas estamos acompanhando”, afirmou.

DESATIVAÇÃO DAS REDES 2G E 3G

Ao contrário de outras telcos latino-americanas, como a chilena Entel, a TIM não estabeleceu um prazo para o desligamento de suas redes 2G e 3G.

Essas redes geram custos para as operadoras decorrentes de contratos de torres e consumo de energia. Mas, embora os clientes utilizem menos essas tecnologias, muitas conexões entre máquinas ocorrem via 2G. “Não podemos deixar esses clientes na mão”, destacou Griselli.

Em resposta a uma pergunta da BNamericas, o CTO Leonardo Capdeville afirmou que o desligamento depende de fatores como a universalização do 4G e 5G. A TIM possui pelo menos uma antena em cada um dos 5.570 municípios brasileiros.

Capdeville também disse que o setor de telecomunicações está solicitando à Anatel que não licencie mais telefones compatíveis apenas com 3G.

Ao mesmo tempo, a operadora está acelerando o refarming de espectro (migração de espectro) em áreas onde essas redes não são mais relevantes. Ou seja, migrando as bandas de 2G e 3G para 4G e 5G.

A TIM também tem um acordo de compartilhamento de rede nacional, com a Telefônica Brasil ajudando nessa frente. Com essa aliança, a rede 2G da TIM atende clientes das duas operadoras em 50% do território brasileiro, enquanto a da Telefônica Brasil atende a outra metade.

O acordo permitiu que as telcos ganhassem eficiência e reduzissem os custos relacionados às tecnologias mais antigas.

APPS E APIS

A TIM está preparando o lançamento de seus três primeiros serviços na plataforma Open Gateway da GSMA. A plataforma é uma estrutura de interfaces de programação de aplicações (APIs) de rede comuns projetadas para oferecer acesso universal a redes de operadoras para desenvolvedores.

Em agosto, a TIM planeja lançar uma API de serviço de validação de número; entre setembro e outubro, uma API de troca de SIM; e no primeiro trimestre de 2024, uma API de localização de dispositivos, informou o vice-presidente de inovação e novos negócios da TIM, Renato Ciuchini.

A empresa também estuda acabar com a oferta de isenção de cobrança (taxa zero), com a qual os usuários conseguem usar o WhatsApp e outros aplicativos OTT sem consumir a franquia mensal de dados, disse Griselli.

RESULTADOS

A TIM investiu R$ 926 milhões (US$ 194 milhões) no segundo trimestre, uma queda de 11,8% ano a ano. Em 2022, a empresa aumentou os investimentos para preparar sua infraestrutura para a migração de clientes vindos da Oi.

O menor capex também é explicado pelos primeiros benefícios gerados com o offloading de tráfego da rede 4G para 5G.

A telco registrou lucro líquido de R$ 626 milhões, alta de 124%. Excluindo multas relacionadas ao processo de descomissionamento de sites adquiridos da Oi, despesas e impostos não recorrentes, o lucro líquido cresceu 104%, para R$ 638 milhões.

A receita líquida cresceu 9,2%, totalizando R$ 5,86 bilhões.

No final do terceiro trimestre, a operadora contava com 61,2 milhões de clientes de telefonia móvel, uma queda de 10,9%.

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