Trinidad planeja novas rodadas para áreas em águas profundas e energia renovável

O governo de Trinidad e Tobago deverá anunciar o lançamento de uma nova rodada de licitações para áreas em águas profundas até o final do ano, anunciou o ministro da Energia, Stuart Young, em um evento do setor local.

Embora não tenham sido fornecidos detalhes sobre a área potencial a ser ofertada, poderão ser propostos blocos não concedidos na rodada anterior.

Um consórcio formado pela BPTT e Shell Trinidad e Tobago foi o único licitante naquela rodada, com propostas para quatro dos 17 blocos ofertados. A joint venture adquiriu contratos para as áreas 25(a), 25(b) e 27.

“Uma operação sísmica robusta deve ser realizada nestes [três] blocos em 2024”, disse Young aos participantes.

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O ministro acrescentou que a rodada de águas rasas tem atraído bastante interesse e que as negociações com os principais licitantes para a rodada de licitações onshore e nearshore estão sendo finalizadas.

Em relação ao projeto offshore de gás Dragon com a Venezuela, Young disse que a NGC, a Shell e a PDVSA estão preparando planos de desenvolvimento, como a perfuração de poços e a construção de um gasoduto de 21 quilômetros.

Enquanto isso, o Ministério da Energia está revendo o plano de desenvolvimento para o campo de gás offshore Manatee, segundo o ministro. Manatee tem cerca de 2,7 Tf3 (trilhões de pés cúbicos) de gás e faz parte do maior campo transfronteiriço Loran Manatee, de 10 Tf3.

HIDROGÊNIO VERDE E ENERGIAS RENOVÁVEIS

“Estamos no processo de alavancar a nossa infraestrutura de gás para estabelecer um projeto-piloto que demonstre aplicações visíveis de utilização final do hidrogênio verde”, afirmou Young.

O governo pretende ter um quadro político e legislativo em vigor para o hidrogênio verde até 2025, disse Young, destacando que o vento foi identificado como o potencial motor.

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O trabalho inicial identificou um potencial eólico onshore e offshore de 2 GW e já foram iniciados estudos adicionais como parte de um programa de avaliação de recursos eólicos.

“O resultado deste programa e as necessidades energéticas do país constituirão a base de futuros pedidos de propostas […] para atingir a nossa meta de 30% de geração de energia renovável até 2030”, avaliou ele.

Outra área de atuação enfatizada pelo ministro é a captura de carbono, com um comitê de gestão trabalhando para caracterizar potenciais reservatórios onshore e offshore para armazenamento e selecionar um reservatório-piloto.

Além disso, o comité elaborou um documento de política jurídica sobre a captura de carbono que está sendo revisado pelos stakeholders, acrescentou.