Unidades de petroleiras europeias vendem participação em blocos offshore da Argentina

Duas empresas de upstream foram autorizadas a transferir suas participações em licenças de hidrocarbonetos offshore na Argentina.

As três transações foram anunciadas em decretos publicados nesta quinta-feira (27) e ocorrem apenas um dia depois que o primeiro poço de exploração em águas ultraprofundas do país, Argerich-1, foi declarado seco pela operadora Equinor Argentina, subsidiária da norueguesa Equinor.

Duas operações, referentes aos blocos AUS-106 e AUS-105, correspondem a contratos de exploração concedidos em uma rodada de licenciamento de 2018-2019, que resultou na concessão de 18 áreas pela Argentina a nove grupos de empresas.

AUS-106

O governo autorizou a Equinor a transferir uma parcela de 25% de sua participação de 100% na licença AUS-106 da Bacia Austral para a CGC Energía.

As autoridades argentinas deram o prazo até agosto para que a Equinor realize a aquisição sísmica 3D no AUS-106 e em outro bloco da bacia, o AUS-105. Os planos da empresa para realizar pesquisas sísmicas na licença MLO-121 da bacia das Malvinas Oeste também receberam autorização.

AUS-105

A Equinor foi autorizada a transferir um quarto de sua licença 100% detida pela empresa do bloco AUS-105 para a CGC Energía.

Tauro-Sirius

A Eni Argentina Exploración y Explotación, parte da italiana Eni, recebeu autorização para transferir sua participação de 30% na licença de extração Tauro-Sirius para a Pan American Sur, unidade da Pan American Energy, por sua vez, de propriedade conjunta da Bridas e da BP.

Assim que o negócio for fechado, a Total Austral e a Wintershall Energía deterão 35% cada, enquanto a Pan American Sur controlará 30%.

Tauro-Sirius fica dentro da concessão CAM-1, na bacia Austral, e não está em produção.

Na bacia, a operadora Total Austral produz hidrocarbonetos na concessão vizinha CMA-1, onde o projeto Fénix, de 10 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia), deve entrar em operação até o final do ano.

O único outro ativo offshore em produção na bacia é a área Magallanes, operada por uma unidade da chilena Enap.

A Enap quer sair do segmento de upstream da Argentina.

Em 2022, foram produzidos cerca de 7,3 MMm³/d de gás natural em Magallanes e CMA-1.